Pelo Corredor da Escola

Apontar temáticas do cotidiano escolar é o objetivo primeiro deste blog, na intenção de ser "elo" entre as partes envolvidas (aluno/professor). A reflexão é o nome deste elo, que não só une, mas debate e critica os principais livros do Brasil e do mundo.

Para maiores informações falar com o Prof. Israel Lima

israellima7.4@bol.com.br


sábado, 3 de dezembro de 2011

Afagos Inocentes - Livro de Estreia do Prof. Israel Lima

[...] As mais belas histórias são, sem dúvida, as que falam de amor. Desde a antiguidade Bíblica, perpassando pela Mitologia até os dias atuais, o Cinema, a Música, a Literatura e as Artes em geral estão repletas de histórias que deságuam no oceano AMOR. Há amores que se concretizam e outros não, uns são felizes e outros nem tanto, mas são sempre amores... Quem não se lembra de Romeu e Julieta de William Shakespeare; Capitu e Bentinho de Machado de Assis; Simão e Tereza de Camilo Castelo Branco, na bíblia, a história de amor de Jacó e Raquel. Entre tantas outras belas histórias...


[...] Para mim é um grande privilégio compartilhar com você, caro leitor, estes singelos poemas carregados e conduzidos por tão nobre sentimento. Se você tem um amor, viva de forma intensa este amor. Se estiver a procura, saiba esperar o tempo certo, a pessoa certa... E esteja pronto (a) para viver um grande e intenso amor.


Caracteristica do Livro:


Editora: AG Book


Número de páginas: 86


Edição: 3(2012)


Formato: A5 148x210


Coloração: Preto e branco


Acabamento: Brochura c/ orelha


Tipo de papel: Offset 75g


Versão impressa R$ 27,50
Versão ebook R$ 7,84


Compre através do link abaixo:




Concurso:


Vá até a página da Editora:






Deixe um comentário sobre o livro: Afagos Inocentes de Israel Lima,

e concorra a um exemplar do livro que será sorteado e enviado em

sua residencia no dia 15 de janeiro de 2012.

Após deixar seu comentário no site da editora, envie um e-mail para o Professor Israel Lima




Com seu nome completo,


e-mail,


e endereço para envio do livro, caso seja sorteado.


Na compra do Livro


Afagos Inocentes


Faça uma critica sobre o Poema: "Próprio Amor"

e nos mande por e-mail com seu nome e endereço, a melhor crítica


será publicada no blog, o dono da crítica receberá um livro autografado.


Israel Lima

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Idade Mínima para Ensino Fundamental pode Cair

BRASÍLIA – O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) propôs nesta segunda-feira (21) uma ação civil para derrubar regra do Conselho Nacional de Educação (CNE) que determina uma idade mínima para que as crianças possam ingressar no Ensino Fundamental. Segundo o parecer de 2010, o aluno precisa ter 6 anos completos até 31 de março do ano letivo para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental – caso contrário deverá permanecer na educação infantil. De acordo com o procurador da República Carlos Henrique Lima, autor da ação, a decisão do CNE “acabou por limitar a organização dos sistemas de ensino, estabelecida tanto pela Constituição Federal quanto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação”. O procurador reconhece que há a necessidade de haver uma data de corte, mas que ela deve servir apenas de orientação aos sistemas de ensino que poderão usar outros critérios para admitir uma criança com seis anos incompletos no ensino fundamental. O MPF chegou a recomendar que o conselho alterasse as regras, mas o pedido não foi aceito pelo colegiado. O autor do parecer do CNE, conselheiro César Callegari, disse que “respeita o trabalho do procurador, mas considera que ele está equivocado”. Ele explicou que o objetivo do conselho era justamente organizar o ingresso das crianças no ensino fundamental, já que até então cada rede de ensino fixava uma regra diferente o que segundo ele causa confusão. Ainda hoje, segundo Callegari, há sistemas de ensino como o do estado de São Paulo que permitem o ingresso de alunos que só completam 6 anos no fim do primeiro semestre letivo. “Entre as explicações que enviamos ao procurador sobre a regra, a principal argumentação era justamente que o alinhamento em torno da data de 31 de março foi feito mediante grande discussão que fizemos com secretários estaduais e municipais de educação e com os movimentos da educação infantil. É um esforço nacional de milhares de escolas, gestores e famílias que tem sido feito no sentido de organizar o processo”. Mas para o MPF, a resolução do conselho pode prejudicar os alunos porque não leva em conta outros critérios além da idade para permitir o ingresso, como por exemplo a competência e habilidade intelectual da criança. A liberdade de organização dos sistemas de ensino para determinar os parâmetros para a matrícula deve ser respeitada “sempre que o processo de aprendizagem assim recomendar”, disse o procurador. Segundo Callegari,a intenção do CNE ao estipular uma data de corte é evitar o ingresso precoce das crianças no ensino fundamental. A principal pressão para que a regra seja alterada vem das redes privadas de ensino. “Uma eventual frouxidão nas normas pode levar uma escola particular a oferecer o ingresso mais cedo ao aluno por uma disputa mercadológica, atendendo a ansiedade de pais aflitos que querem que a criança comece logo a estudar. A norma preserva o direito que uma criança tem de viver plenamente sua infância e não submetê-la a exigências de rendimento que são próprias do ensino fundamental”. Callegari argumentou que uma criança pode saber ler aos 4 anos, mas pode ser imatura no processo de socialização e no desenvolvimento de outras habilidades. Ele defendeu que os maiores prejudicados com uma possível alteração das normas serão as crianças e que a melhor saída para resolver os questionamento seria regulamentar a idade de entrada por lei. As resoluções e decisões do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação aos sistemas de ensino.

(Clipping 22.11.2011 - Hoje em Dia, 22/11/2011 - Belo Horizonte MG - MPF crê que resolução pode prejudicar os alunos porque não leva em conta outros critérios de ingresso, como a competência e habilidade intelectual da criança Amanda Cieglinski - Agência Brasil)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pesquisa Mostra que Apenas 2% dos Jovens Querem ser Professores

Por que será???


Já esperávamos por uma notícia deste porte! Como sobreviver em um Sistema Educacional falido, que bonifica seus cooperadores quando deveria pagar salários decentes.


Que autonomia tem hoje o profissional de educação?


Que motivação tem hoje o educador?


Um professor não pode exercer a função de Médico, Advogado entre outras, desque que tenha as devidas certificações, que é, sem dúvidas correto; mas um Médico ou um Advogado pode exercer a função de Profesor!!! Pode???


Hoje os Professores não sabem mais preparar as avaliações para seus alunos - é preciso que os técnicos as elaborem. Isto no mínimo é desrespeitoso. O que está acontecendo?


O que fazer?


Comente, deixe seu parecer.


Um grande abraço,


Prtof. Israel Lima

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Profª Amanda Gurgel - A Voz que Ecoou pelo Brasil!



Um grande abraço,

Prof. Israel Lima

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vida Maria de Márcio Ramos - Vale Assistir e Refletir!!!



Um grande abraço,

Prof. Israel Lima

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Governo Desiste de Ampliar Ano Letivo, diz Secretária de Educação Básica




A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, disse nesta quinta-feira(20/10), nas páginas pessoais dela no Twitter e no Facebook, que o governo desistiu da ideia de ampliar os dias letivos das escolas de educação básica. A proposta havia sido anunciada pelo ministro Fernando Haddad em setembro, como forma de ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola. O MEC não confirma oficialmente a decisão, mas, segundo Pilar, o ministro reuniu-se com entidades que representam professores, estudantes, gestores e universidades e o consenso é que os atuais 200 dias letivos sejam mantidos. A ampliação deverá se dar pela ampliação da jornada diária. “O Legislativo receberá a proposta consensuada nessa reunião e assumida pelo MEC”, disse Pilar, sem definir qual seria o mínimo de horas-aula. Atualmente, o ano letivo tem 200 dias, com carga horária de 800 horas. O aumento de quatro para cinco horas diárias, por exemplo, ampliaria a carga horária para mil horas. Em alguns países da Europa, Ásia e até mesmo da América Latina, a jornada chega a 1,2 mil horas anuais, como no México, ou 1,1 mil horas, como na Argentina.

(Clipping 21.10.2011 - Correio Braziliense, 20/10/2011 - Brasília DF - Agência Brasil)

Na UFF, Curso de Matemática Computacional é Praticamente "Prestou, Passou"



O topo da lista de cursos mais concorridos dos vestibulares geralmente é dominado pelo curso de medicina. No vestibular 2012 da UFF (Universidade Federal Fluminense) não é diferente: medicina tem 72,36 candidatos por vaga. Entretanto, candidatos de 18 cursos não enfrentarão concorrente nenhum, pois escolheram graduações com mais oferta de vaga do que procura - é praticamente prestar e passar. Essa outra lista é liderada pelo bacharelado em matemática computacional, em Volta Redonda. São oferecidas 114 vagas e apenas 17 candidatos estão inscritos - a relação de candidatos por vaga é de 0,15. Só não é possível dizer que o candidato inscrito nessas graduações estará automaticamente aprovado, pois o edital prevê que será eliminado do concurso, sem direito a participar da segunda etapa, o candidato cujo número de acertos for igual a zero em cada conjunto de questões relativas, respectivamente, a conhecimentos de biologia, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, matemática, química e língua estrangeira da primeira etapa. Para ser convocado para a segunda etapa, o candidato também precisa alcançar, no total das questões da prova da primeira etapa, excetuando-se as questões de língua estrangeira, um mínimo de trinta e três acertos. O vestibulando que faltar em alguma prova ou tirar nota zero em qualquer um dos exames da segunda fase também será eliminado. No total, foram recebidas 52.419 inscrições para 7.556 vagas. Veja na página da UFF a concorrência para todos os cursos. Esses dados podem sofrer alterações, pois são divulgados antes da confirmação de inscrição. Provas - O cartão de confirmação de inscrição, indicando os locais de prova da primeira fase, estará disponível para consulta a partir de 19 de outubro. A prova da primeira fase acontece em 15 de novembro e terá 75 questões de múltipla escolha sobre as seguintes disciplinas: biologia, filosofia, física, geografia, história, língua estrangeira, língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, matemática e química. A lista de convocados para a segunda etapa será publicada em 8 de dezembro. As provas da segunda fase serão realizadas no dia 18 de dezembro. Os vestibulandos deverão fazer uma redação e duas provas discursivas de conhecimentos específicos. Candidatos do curso de arquitetura e urbanismo farão, ainda, uma prova de expressão plástica no dia 20 de dezembro. O resultado da segunda fase deve ser divulgado no dia 28 de dezembro. A primeira chamada está prevista para 30 de janeiro de 2012. Outras informações podem ser obtidas no edital do vestibular ou pelo site da instituição.

(Clipping 14.10.2011 - UOL Educação, 13/10/2011 - Da Redação em São Paulo)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Baixa Procura Pelos Cursos de Licenciatura



Na relação candidatos/vaga para o vestibular 2012 da UFMG, classificada em décimo lugar entre as melhores universidades da América Latina, segundo um ranking divulgado pela Quacquarelli Symonds World University Rankings (QS), chama a atenção a pouca procura pelos cursos de licenciatura. Vejamos alguns: história, 4,77; ciências biológicas, 3,47; pedagogia, 2,97; matemática, 2,95; química, 2,55; educação física, 2,15; filosofia, 1,88; física, 1,83; geografia, 1,60; letras, 1,41. O desinteresse é justificado, principalmente, pela pouca valorização da carreira, pela falta de uma política de incentivo e apoio à educação. Sem estímulo salarial, pedagógico, enfrentando-se dificuldades crescentes para um bom desempenho do cargo, o número de professores tende a ser cada vez menor. O candidato que opta por licenciatura sabe que se trata de formação para dar aulas. Ao analisar os cursos, a tendência é buscar aquele que habilite a trabalhar em setores que não estejam à margem do sistema. Que estudante buscará um curso de licenciatura para trabalhar durante nove horas por dia em salas de aula na educação básica? Não é necessário análise pormenorizada para entender as razões da baixa procura pelos cursos de licenciatura. Falta uma política remuneratória digna, condições adequadas de trabalho, valorização do profissional, condições capazes de atraí-lo e mantê-lo em sala de aula, o que deve estar na pauta de quaisquer discussões sobre melhoria da qualidade de ensino.

(Clipping 11.10.2011 - O Tempo, 11/10/2011 - Belo Horizonte MG - JOSÉ MARIA THEODORO - Mestre em linguística e língua portuguesa)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Capes Cria Mais Quatro Áreas do Conhecimento




Biodiversidade, Ciências Ambientais, Ensino e Nutrição agora terão coordenadores e avaliações específicas


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) criou nesta quarta-feira quatro novas áreas de conhecimento: Biodiversidade, Ciências Ambientais, Ensino e Nutrição. Uma portaria assinada pelo presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira instituindo as áreas. Até então, os cursos de especialização em Biodiversidade, Ciências Ambientais, Ensino e Nutrição ficavam na área interdisciplinar. Agora, essas novas áreas terão coordenadores específicos, passaram por processos de avaliação e terão metas. Segundo a Capes, a medida visa desenvolver os cursos dessas áreas.

(Portal IG Educação, 08/06/2011 - Clipping 09.06.2011- iG São Paulo)

Analfabetismo

O título do presente artigo cabe muito bem na atual situação de surrealismo reinante no Ministério da Educação. O Brasil é farto em estatísticas de violência, indicadores socioeconômicos, mas carente de bons resultados de políticas públicas. No setor privado, o Brasil tem ido bem, como provam os indicadores econômicos internacionais. Os empresários têm respondido positivamente aos estímulos e oportunidades que o mercado global lhes oferece. Entretanto, eles convivem com verdadeiras barreiras decorrentes da incompetência de gestores públicos e da perpetuação do anacronismo no país, em particular, advindos da existência longeva e persistente do mais formidável cipoal de leis inúteis e obsoletas, que remetem nosso país ao substrato dos países mais atrasados do mundo. No quesito da educação, é público e notório que o Brasil se mantém na berlinda dos indicadores de qualidade, enquanto o governo federal vem prestando um desserviço permanente à nação. A começar pela inauguração apressada e eleitoreira de pedras fundamentais de campi universitários e institutos improvisados, visivelmente desalinhados em relação às balizas de qualidade estabelecidas pelos países mais avançados, enquanto não respondem às principais demandas nacionais. Da combinação de inércia com inoperância e incompetência resulta situação permanente de deficiência e atraso. Um sintoma agravante recente é o fato de o baixo clero do MEC ter recebido o aval do ministro Haddad (ministro-cota imposto pelo ex-presidente Lula) para publicar uma cartilha, que, na prática, oficializada a barbárie linguística. É uma obviedade o fato de a linguagem escrita e falada ser essencial para a cultura de uma sociedade. A má linguagem degenera a comunicação, degrada a qualidade da escrita e compromete todas as atividades afetas à formação do cidadão, seja ela de natureza técnico-científica ou humanística. Nossos filhos e netos, por consequência desses descalabros, irão pagar caro, num futuro em que será exigida cada vez mais qualificação na formação educacional.


(Diário Catarinense, 09/06/2011 - Florianópolis SC - Sergio Colle - Clipping 09.06.2011)

Você Merece Seu Salário?

A maior parte dos estudantes de pós-graduação são bolsistas de agências de financiamento como a Fapesp, Faperj, CNPq e Capes, entre outras. Assim como empresas não podem ter infinitos funcionários, essas agências não podem ter infinitos bolsistas. E a seleção tem de ser feita por alguém que entenda de ciência, de como ela evolui e do que é importante para as diferentes áreas de estudo. Os cientistas se orgulham de uma coisa importante: você sempre será julgado pelos seus pares. E isso, por toda sua vida científica. Sempre serão outros cientistas que decidirão se você merece uma bolsa, dinheiro para um projeto ou se merece ser contratado. Na maioria das vezes você nem saberá quem estará te julgando. Mandará a documentação necessária e alguém te dará uma nota ou te aprovará (ou não). Em casos específicos, como os concursos, funciona de maneira diferente. Você estará na frente dos juízes e lado a lado com seus concorrentes. Em alguns casos você receberá uma nota e será isso que decidirá (ex: bolsa de iniciação científica), em outras você será julgado por comparação (ex: bolsas de mestrado da Fapesp). E depois que você conseguir a bolsa ou o dinheiro para o projeto, você ganhará um chefe (sim, além do seu orientador). Durante a vigência da bolsa ou do projeto, deverá mandar relatórios para mostrar o trabalho que fez e seu assessor julgará se você trabalhou o suficiente para merecer o que te pagam mensalmente. Ele te acompanhará desde o projeto até o relatório final, e se você der sorte será alguém que te dá sugestões, ajuda com idéias e a redigir uma boa dissertação. Se der azar, pode ser alguém extremamente exigente que te obrigará a trabalhar durante horas a fio para que ele fique satisfeito e diga que você merece a bolsa. E, por último, a única espécie de assessor que não gosto: o indiferente. Esse te aprovará ou te reprovará sem ao menos se justificar, te deixando num nimbo completo. Ao fazer isso, ele vai de encontro ao principal ponto da ciência: ser colaborativo. Afinal, ele e você são igualmente cientistas e não existem motivos para não nos ajudarmos. Bruno Queliconi é doutorando no Instituto de Química da USP.

(O Estado de São Paulo, 09/06/2011 - São Paulo SP - Clipping 09.06.2011)

Plenário Aprova MP que Autoriza Contratação Temporária de Professores

O Plenário aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, a Medida Provisória 525/11, que autoriza a contratação temporária de professores para atuar em instituições federais de ensino e em projetos de educação técnica e tecnológica. O texto aprovado, que segue para o Senado, permite que as contratações sejam feitas pelo período máximo de um ano, sendo admitida a prorrogação por igual período. O relator, deputado Jorge Boeira (PT-SC), recomendou a aprovação sem alterações da matéria enviada pelo Executivo. Ele argumentou que a medida servirá para suprir a demanda total de docentes verificada na implementação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) enquanto os concursos para o preenchimento das vagas vão sendo realizados. "As autorizações de concurso ocorrem gradativamente. Contudo, a efetiva realização desses concursos, tendo em vista as exigências que caracterizam o processo de recrutamento e seleção de docentes, leva a atrasos no ingresso desses servidores", observou o deputado, justificando a necessidade de dar agilidade na contratação de professores para os novos cursos que estão sendo implementados pelo Reuni. A oposição, no entanto, criticou a falta de planejamento do governo e, sobretudo, a contratação de docentes sem a realização de concurso público. "Houve tempo suficiente para que o governo tomasse as medidas necessárias para a realização do concurso público como deve acontecer para o provimento dos cargos de docentes, de professores nas nossas instituições federais de ensino", afirmou o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). "Lamentamos principalmente por aqueles que poderiam, por meio de concurso público, integrar o quadro de novas universidades", completou. De acordo com o governo, a demanda total de docentes para o REUNI foi estimada em 15.755 professores de 3º grau, com base na razão média de 1 docente para cada 20 alunos. "Quando o quadro de docentes para a expansão pretendida estiver completo, terão sido criados 1.461 novos cursos presenciais, permitindo 109 mil novas vagas na graduação", disse Boeira. Professor substituto - A MP, que altera a lei que trata das contratações para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (Lei 8.745/93), também cria a possibilidade de contratação temporária de professor substituto para ocupar as vagas resultantes de licenças e de afastamentos e de nomeações de docentes para ocupar cargo de direção de reitor, vice-reitor, pró-reitor e diretor de campus. Antes, essa contratação só era possível em caso de exoneração ou demissão, falecimento, aposentadoria, afastamento para capacitação e afastamento ou licença de concessão obrigatória. O texto ainda eleva de 10% para 20% o limite máximo para a contratação de professores substitutos, abrangendo os afastamentos para capacitação e todas as situações de substituição previstas. O tempo de contratação é, no entanto, limitado ao tempo necessário ao provimento do cargo efetivo de docente, também limitado a um ano, prorrogável por mais um ano. O Reuni foi criado como forma de ampliar o acesso e a permanência de estudantes na educação superior pública. As metas do programa foram estabelecidas a partir de objetivos gerais e de ações estratégicas apresentados pelas próprias instituições federais de ensino superior, entre as quais: aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno, redução das taxas de evasão e ocupação de vagas ociosas.

(Clipping 09.06.2011 - UOL Notícias, 09/06/2011- Murilo Souza da Agência Câmara)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Bônus não Atrai Bons Profissionais Para a Educação


Os bônus por produtividade nas redes de ensino público causam bastante polêmica entre os educadores. Poderia a lógica aplicada na indústria e no comércio, de premiar conforme a “produtividade”, ser adaptada para o ensino público e garantir que a qualidade da educação melhore? Talvez ainda se encontre uma forma para que a prática dê certo, mas, da forma que é aplicado em São Paulo, não temos essa garantia. Em 2010, por exemplo, somente cerca de 70% das escolas estaduais tiveram uma nota considerada suficiente para que seus profissionais recebessem o bônus, que será pago em 2011. No ano anterior, o benefício atingiu cerca de 90% das escolas. Ou seja, até para os padrões definidos pelo governo, muitas escolas paulistas não estão melhorando. É importante estar atento para o fato de que boa parte dessas escolas não atingiu totalmente a meta e vão receber só parte do bônus. Os dados demonstram que cada profissional vai ganhar, em média, pouco mais de R$ 3 mil, de bônus, neste ano. Como só quem atinge a meta ganha 2,4 vezes o seu salário, e considerando quanto ganham os profissionais de educação em São Paulo, fica claro que grande parte dos profissionais só atingiu parcialmente as metas. Os profissionais das escolas que, por exemplo, superam suas metas, recebem 2,9 vezes a média de seus salários do ano. Claro que, pra quem ganha, é ótimo. Representa até um 16º salário. O problema é que a prática passa a responsabilidade pela qualidade da educação somente, ou principalmente, ao trabalho dos docentes. Em educação, as coisas não são implantadas. Quando construímos uma estrada, podemos ter a certeza de que com mais trabalhadores, equipamentos e matéria prima a construção ficará pronta mais rápido. Em ensino, existem mais variáveis a serem consideradas, e, além disso, tudo o que é feito em educação tem que ser visto como desenvolvimento. Podemos até aumentar a velocidade com que os educandos desenvolvem habilidades e competências, mas não podemos 'depositá-las' nos alunos. Quando utilizamos avaliações que aplicam provas, o que descobrimos, mais do que qualquer outra coisa, é como são os alunos em relação ao que é cobrado nos exames. No curto prazo, sempre são as mesmas escolas que ocupam os primeiros e os últimos lugares. Mais do que ter boa estrutura, bom material didático ou bons professores, as melhores colocadas são aquelas que receberam os alunos que melhor se adaptam ao sistema de ensino. E isso tem a ver com a história socioeconômica do aluno. A qualidade do professor é o segundo aspecto que afeta o aprendizado. O primeiro engloba a estrutura familiar, sua renda per capita, a qualidade do gasto do orçamento, a escolarização dos pais, o contato com livros e periódicos, a sensação de pertencimento ao grupo, a valorização que o grupo dá para a educação, a qualidade de suas atividades de lazer, suas viagens, entre outras coisas. É justamente por isso que não podemos olhar dados de forma absoluta. Uma escola, por exemplo, que sempre tira 7 nas avaliações acrescenta menos aos alunos do que uma que começa com 3, passa pra 4 e chega a 5. Não podemos insistir no erro de querer que todos os alunos, e todas as escolas, sejam iguais. Quando fazemos isso, tentamos orientar a escola para aqueles que 'sabem', em detrimento daqueles que não 'sabem'. E isso exclui, não pode ser adotado como política pública em nenhum lugar. O bônus de São Paulo considera justamente onde a escola estava e onde ela chegou, apesar de vários setores da sociedade ainda insistirem em destacar as maiores e as menores notas absolutas, sem considerar sua historia. Até a Secretaria de Estado fez esse equívoco em edições anteriores do prêmio, quando algumas escolas com notas absolutas altas não conseguiram aumentá-las e mesmo assim receberam o bônus. Provavelmente, a nota tinha tem muito mais ver com os alunos do que com a qualidade da educação na unidade escolar. O mesmo vale para os educadores. Os melhores são aqueles que possuem condições socioeconômicas mais aprimoradas. E não é só uma questão de renda familiar, mas também de vivência cultural. E é aí que erra o Estado de São Paulo. Temos duas formas de melhorar a qualidade do que é feito dentro das salas de aula. Uma é atrair profissionais mais capacitados para a carreira. A outra é melhorar a capacitação dos profissionais que estão na carreira. Para atrair profissionais melhores para a carreira é fundamental que o salário seja maior. O bônus não é percebido como aumento nos salários, porque não é uma garantia. O professor pode trabalhar o ano todo contando que sua escola vai bater as metas e que ele vai receber três salários a mais, mas acabar recebendo apenas um, ou até mesmo ficar sem gratificação. Com a diversificação da economia e a diminuição do desemprego no Brasil, cada vez os jovens encontram mais possibilidades de carreira. Como um professor ganha, em média, 60% a menos que outro profissional com o mesmo tempo de estudo, é natural que cada vez menos pessoas se interessem pela profissão. Para melhorar a capacitação de quem já está na rede, a capacitação tem que ser continuada. E capacitação continuada não pode ser entendida somente como um curso a cada 15 dias (na verdade nem esta periodicidade existe, de forma universalizada, na rede paulista). O professor se capacita quando participa de cursos e encontros, quando lê, quando assiste a vídeos, quando navega pela internet, quando escreve artigos, quando debate, quando se abre para novas ideias, quando cria, quando viaja, quando conversa, quando reflete sobre essas atividades. É esta a ideia que devemos ter da capacitação continuada. Guardados os limites do bom senso, deve ocorrer a toda hora e a todo momento. Não pode ser só o curso, o encontro ou a oficina. Deve se tornar a própria vivência do professor. Acontece que, ganhando pouco, mesmo aqueles que gostariam de ler bons livros, fazer viagens, pagar por uma internet rápida, ir ao cinema, assinar jornais e revistas, entre outras coisas, ficam financeiramente impedidos de fazê-lo. Além disso, ao professor resta pouco tempo para exercer sua curiosidade intelectual. Alguns se dedicam a jornadas durante o dia inteiro. Outros dividem o magistério com outras profissões. Soma-se a isso a necessidade de administrar a família, cuidar dos filhos, corrigir provas e trabalhos e preencher diários de classe e não sobra tempo para nada. Concordo que alguns dos atuais professores, mesmo que ganhassem muito mais que nas outras profissões, não teriam um gasto qualificado do salário a ponto de melhorarem suas vivências culturais. Isso porque os salários, apesar de serem baixos, foram suficientes para atrair algumas pessoas que não encontravam outras perspectivas de trabalho e que, definitivamente, mas não possuem nenhum talento para educar. Mas não são as exceções que devem guiar a política pública para a educação. Salários maiores são uma necessidade, maior do que as atuais políticas de incentivo, para atrair bons profissionais para a carreira e para dar a possibilidade de que os atuais professores passem pela experiência da melhoria na formação. Do jeito que está, o bônus do Estado de São Paulo pode criar um ciclo nada pedagógico. O que hoje é cobrança pode transformar-se em “culpalização”. A Secretaria do Estado vai começar a culpar as direções regionais por maus resultados. As direções regionais culparão os diretores de escolas. Os diretores de escola, naturalmente, vão dizer que os culpados são os professores. E os professores dirão que são os alunos, o elo mais frágil e que mais precisa de atenção.

(Com salário maior, professores conseguiriam melhorar vivência cultural e, consequentemente, qualidade do ensino Mateus Prado - Portal IG Educação, 28/03/2011 - Clipping 29.03.2011)

Filosofia Vai Ter Livros Didáticos Distribuídos na Rede Pública em 2012


Brasília – A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos dessas disciplinas para orientar o trabalho dos professores. Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). “Ela desapareceu [a filosofia nas escolas] na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia”, lembra. Ela avalia que o país “demorou demais” para incluir as duas disciplinas novamente entre as obrigatórias e ainda falta “muito chão” para que elas sejam ministradas da forma adequada. Ainda faltam professores formados na área já que, por muito tempo, não havia mercado de trabalho para os licenciados e a procura pelo curso era baixa. Em 2009, 8.264 universitários estavam matriculados em cursos superiores de filosofia – 78 vezes menos do que o total de alunos de direito. Muitas vezes são profissionais formados em outras graduações como história ou geografia que assumem a tarefa. Os livros didáticos devem ajudar a orientar os docentes no ensino da filosofia. “O livro é muito importante porque dá uma ordenação do conteúdo e propõe como o professor pode trabalhar os principais conceitos, como o que é filosofia e a história da filosofia. Mesmo o aluno formado na área, às vezes, não está acostumado a dar aula para o ensino médio, não tem dimensão de como chegar ao aluno que nunca viu filosofia na vida”, explica. A história da filosofia, as ideias dos principais pensadores como Platão, Kant e Descartes, servem de base para ensinar aos jovens conceitos básicos como ética, lógica e política. Mas Maria Lúcia ressalta que é muito importante conectar o conteúdo com a realidade do aluno para que ele “aprenda a filosofar”. “O professor deve apresentar o texto dos filósofos fazendo conexões com a realidade daquele tempo em que o autor vive, mas também estimular o que se pensa sobre aquele assunto hoje. Isso desenvolve a capacidade de conceituação e a competência de argumentar de maneira crítica. Ele aprende a debater, mas também a ouvir”, compara. As informações são da Agência Brasil

(O Dia, 03/04/2011 - Rio de Janeiro RJ - Clipping 04.04.2011)

Ilegal no País, Educação Domiciliar Põe Adeptos Como Criminosos


Precariedade do ensino público, drogas, imposição de ideologias, doutrinas dos professores e até mesmo o medo de bullying são alguns dos motivos que levam pais a tomar a decisão de transformar a sala de estar de suas casas em sala de aula para seus filhos. A prática, conhecida como educação domiciliar, ou homescholling em inglês, não é regularizada no Brasil, porém estimativas da Associação Nacional da Educação Domiciliar (ANED) apontam que pelo menos 400 famílias optam por esta modalidade de ensino no País. Os dados são de Fabio Schebella, professor, diretor pedagógico da ANED e escritor do blog Por uma Aprendizagem Natural, que traz informações sobre a prática e dá um espaço virtual de discussão sobre a temática. Segundo Schebella, a falta de regularização desta modalidade no País coloca os pais ou responsáveis em risco. Se denunciados ao Conselho Tutelar, podem responder ao Ministério Público por "evasão escolar", termo que designa o abandono da escola por parte de menores e é considerado crime, punido com detenção. É o caso de uma família de Serra Negra, interior de São Paulo, que foi denunciada ao Conselho Tutelar, por optar pela educação domiciliar como forma de educar as filhas de 9 e 11 anos de idade. O pai, americano, e a mãe, brasileira, tomaram essa decisão por terem considerado a qualidade de ensino do colégio baixa. Para eles, a escola brasileira acarretaria atraso para as duas filhas, que passaram seis anos frequentando escolas americanas. No final do ano passado, os dois responsáveis se tornaram alvos do Conselho Tutelar e do Ministério Publico Estadual da cidade, que exigem que eles cumpram o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), matriculando as duas crianças em escola regular. Apesar dos riscos, as estimativas da ANED comprovam que muitos responsáveis optam pelo homescholling mesmo assim. Para Schebella, os principais motivos são insatisfação com a qualidade do ensino escolar, principalmente o público, convicção de que os pais devem estar à frente da instrução de seus filhos em todos os aspectos, desejo de oferecer uma educação que esteja de acordo com seus princípios morais, éticos e espirituais e a vontade de proteger seus filhos de drogas e violência, como o bullying por exemplo. O que impulsionou Keller Tinoco, 37 anos, empresário em Belo Horizonte, a educar as filhas Milena, 13 anos, e Micaella, 10 anos, em casa foi o fato de acreditar que a educação vai além do ensino de disciplinas. "Acreditamos em uma educação que seja integral, na qual o foco está não apenas no desenvolvimento intelectual dos filhos, mas também no espiritual, emocional e físico. E nesse aspecto a escola é limitada. Além disso, a proposta pedagógica e didática dos colégios é massificante, como uma produção em escala que não busca individualizar o ensino", explica. O empresário começou a fazer papel de professor há um ano, e, segundo ele, as filhas tem adorado o novo tipo de ensino. "Acordamos entre 7h e 7h30. Tomamos nosso café juntos à mesa e na seqüência temos um tempo de reflexão bíblica e orações. Então, por volta das 9h, elas fazem uma leitura complementar do tema bíblico abordado e logo pegam os materiais das disciplinas curriculares de acordo com o nosso cronograma. Elas tem uma hora e meia para almoço e depois continuam estudando até às 17h", diz, contando que os conteúdos são extraídos de matérias didáticos disponíveis no mercado. A professora mineira Laura*, 35 anos, também optou por educar os filhos Marina, 11, e Lucas, 9. A ideia surgiu e foi colocada em prática este ano, depois de observar que drogas e prostituição estavam se tornando coisas comuns nas redes de ensino, segundo ela. Laura comenta que muitos críticos consideram que este tipo de aprendizado pode privar a criança de uma vida social. "Isso é uma inverdade, pois é possível criar laços de amizades fora do colégio. Meus filhos frequentam clubes e fazem amigos até mesmo na igreja", conta. O diretor pedagógico da ANED afirma que este é o maior mito envolvendo educação domiciliar e concorda com a professora. De acordo com Alexandre Magno, especialista em Direito Penal e defensor do homescholling, não existe nada na Constituição do Brasil que proíba a prática efetivamente. Porém outros pontos da legislação podem ser utilizados contra os responsáveis que optam por ensinar seus filhos em casa. O principal deles é a Lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina ser obrigação dos pais matricular seus filhos na rede regular de ensino. Outra é a Lei 9.394/96, da Diretrizes e Bases da Educação que prevê ser dever dos responsáveis efetuar a matrícula dos menores a partir dos sete anos de idade no Ensino Fundamental. Segundo consta no Código Penal, qualquer comportamento divergente do que é previsto em lei pode ser considerado crime de abandono intelectual, e a pena pode ser de 15 dias a um mês de detenção ou multa. Apesar de a legislação dificultar o aprendizado em casa, outras iniciativas acabam por facilitar. Um exemplo é a possibilidade de ingressar no Ensino Superior sem necessitar de uma documentação que comprove a frequência e a presença em aulas do Ensino Fundamental e Médio. Schebella explica que quem é ensinado em casa pode recorrer às provas do supletivo ou ainda ao Enem, que também confere certificação de conclusão do Ensino Médio para qualquer um que obtenha nota satisfatória. E no caso de um estudante domiciliar do Ensino Fundamental que deseje completar o Ensino Médio em alguma escola, a Lei de Diretrizes de Base (LDB) prevê que todo cidadão tem o direito de ser matriculado em uma série compatível com seu conhecimento. Ou seja, o aluno domiciliar não precisaria comprovar matrícula prévia, sendo inserido no ano equivalente a sua noção de conteúdos. Magno e Schebella defendem a regulamentação do ensino domiciliar, que já tramita na Câmara, desde 2008, com o Projeto de Lei número 3518/08, que atualmente espera aprovação da Comissão da Educação e Cultura (CEC). Para Magno o homescholling seria uma alternativa à "falência da educação no Brasil", como definiu. Schebella considera o ato como algo interessante politicamente. "Uma vez que este assunto ganhe visibilidade e seja debatido de forma séria e consistente, tenho certeza de que a regulamentação legal irá ocorrer a passos largos. Afinal, isso é interessante para os pais, que terão garantido esse direito, para as crianças, que receberão uma educação de qualidade, para as escolas, que terão uma diminuição do número de alunos em sala de aula, qualificando o ensino, para os educadores, que terão um novo ramo de atuação como orientadores pedagógicos dos pais, e para a economia do país, uma vez que surgirá um novo nicho de mercado", conclui. O nome foi trocado a pedido da entrevistada.

(Cartola - Agência de Conteúdo especial para o Terra - Portal Terra Educação, 02/04/2011 -Clipping 04.04.2011)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ensino Médio Poderá Ter Grade Horária Livre


As diretrizes brasileiras para o Ensino Médio, em vigor desde 1998, devem ser substituídas nas próximas semanas. Conforme adiantou o iG, o novo texto vai enfatizar que não há uma grade currícular fixa para a etapa e incentivar que cada escola ou rede monte o próprio currículo com ênfase em trabalho, ou em ciência e tecnologia ou em cultura. A proposta está em estudo pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) há 8 meses e aguardava um retorno das secretarias de educação estaduais – responsáveis por mais de 90% das matrículas desta etapa - que receberam o documento após a posse dos novos titulares da pasta, em janeiro. Nesta quarta-feira, o projeto foi apresentado pelo relator, José Fernandes de Lima, em reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) que ocorre em Palmas, no Tocantins. “Com algumas sugestões de mudança de redação, eles aprovaram a essência do projeto”, diz Lima. “Há um consenso de que é preciso mudar algo para tornar esta fase mais atrativa para o adolescente.” O ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados concluí os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes. As novas diretrizes esperam que a ênfase em trabalho, ciência e tecnologia e cultura e a maior flexibilização criem diversidade de projetos que atraiam os jovens. “Vamos deixar bem claro que cada escola ou sistema está liberado para enfatizar mais uma ou outra área sem se prender a cargas horárias. Tem que ensinar matemática, português e outros conteúdos sim, mas pode ser dentro de um projeto sobre o que for melhor para a comunidade”, explica o relator. Próximos passos - O documento agora segue para votação dentro do CNE no dia 6 e depois aguarda homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad. “Acredito que isso será resolvido em semanas”, afirma Lima. Segundo ele, após a aprovação das diretrizes, outros processos serão necessários como a visita aos estados para tirar dúvidas e uma nova discussão das expectativas de aprendizagem mantidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que direcionam avaliações como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). “A resolução não tem palavras mágicas, para ela mudar o sistema será necessário muito trabalho das diferentes esferas do governo”, diz o relator. Segundo ele, os estados de Pernambuco e Mato Grosso já solicitaram visitas para conversas com técnicos no intuito de fazer adaptações. “Entendemos que no ensino médio a flexibilização pode ser maior, pois o adolescente já sabe melhor o que quer e poderá escolher entre diferentes propostas”. (IG)

(Portal Aprendiz, 31/03/2011 - Clipping 01.04.2011)

terça-feira, 22 de março de 2011

Professor "Novato" Desiste de Aulas na Rede Estadual


Por dia, dois docentes recém-concursados abandonam escolas em São Paulo. Principal reclamação é sobre falta de estrutura na rede; governo afirma que desistências estão dentro do esperado

Formado na USP, Edson Rodrigues da Silva, 31, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu. "Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana." Silva diz que continuará apenas na rede privada. Como ele, outros efetivados neste ano pelo governo já desistiram das aulas, passados apenas 39 dias do início das aulas, sendo 25 letivos. Até sexta-feira, 60 já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo. Volume não informado pela Secretaria da Educação está com processo em curso. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.300). Educadores, porém, discordam. Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."

DESMOTIVAÇÃO - As desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários. "Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química. "A realidade da escola é diferente da mostrada no curso", afirmou Gilson Lopes Silva, 30, de filosofia. O concurso selecionou docentes de todas as matérias do final dos ensinos fundamental e médio, séries com muitos temporários e mais problemas de qualidade. Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos". Ela exige que o Estado dê mais tempo aos docentes para a formação em serviço.

(Folha de São Paulo, 21/03/2011 - São Paulo SP - FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO - Clipping 21.03.2011 )

Estado Diz Que Saída de Docentes é Normal


Professores aprovados podem ter usado exame para aumentar pontuação em outros concursos, afirma secretaria. Para governo, carreira está atrativa e oferece bônus e reajuste com base no mérito; salário inicial é de R$ 1.834

A Secretaria da Educação informou que considera normal o volume de docentes novatos que desistiu da rede. A pasta afirmou que devem sair do sistema 10% dos recém-efetivados (cerca de 900 professores), mas não informou em qual prazo podem ocorrer as exonerações. Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências. A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros. Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais). A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona norte de São Paulo. A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários. E esses professores provisórios serão substituídos no ano que vem, quando devem entrar nas escolas estaduais 25 mil novos concursados, também aprovados no concurso do ano passado. Desde 2004, a rede estadual não contava com um concurso tão amplo para efetivar professores do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. (FT)

(Folha de São Paulo, 21/03/2011 - São Paulo SP - DE SÃO PAULO -Clipping 21.03.2011)

Lei Permite Experiência de Escolas "Charter" no Brasil


Se, nos EUA, o conceito de escola "charter" é bastante disseminado, no Brasil, não é bem assim. Apesar de a lei brasileira ter aberto uma brecha, em 1998, para a gestão compartilhada entre o setor público e o privado de escolas, as iniciativas por aqui ocorrem de forma isolada e ainda são muito pouco conhecidas. Funciona assim: uma entidade -que pode ser uma ONG, uma fundação- propõe um projeto para a administração de uma ou mais escolas públicas a sua respectiva secretaria de educação. No convênio, a entidade assume metas de qualidade e está livre para propor um projeto pedagógico novo, desde que respeite as diretrizes impostas pelo MEC (Ministério da Educação). Entre os anos de 2004 e 2007, em Pernambuco, o modelo charter foi implantado em escolas de ensino médio da rede estadual. A grade curricular foi reformulada, os professores que já eram dessas escolas receberam uma formação especial e tiveram seus salários aumentados. O resultado foi que o desempenho dos alunos no Enem foi maior do que a média obtida pela maioria das redes particulares do país. A seguir, leia a entrevista realizada com Maria Carolina Nogueira Dias e Patricia Mota Guedes, especialistas em gestão educacional da Fundação Itaú Social e autoras dos livros "A reforma educacional de Nova York - possibilidades para o Brasil" e "Modelo de escola charter: a experiência de Pernambuco".

Como foi a experiência da parceria público-privada em Pernambuco? Quanto tempo durou?

A experiência começou em 2004, com a criação do Procentro, programa da Secretaria de Educação de Pernambuco que institucionalizou a gestão compartilhada de escolas de ensino médio em tempo integral. O ICE foi a organização não governamental parceira que compartilhou com a secretaria as responsabilidades de coordenação técnica no desenho e implementação do modelo.

Que resultados foram alcançados?

Em termos de aprendizagem, os estudantes dos centros tiveram um desempenho acima da média da rede pública de Pernambuco em avaliações como o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio).

Que aspectos do modelo norte-americano foram possíveis de trazer para o Brasil? Quais não foram possíveis e quais tiveram de ser adaptados?

A semelhança da experiência de Pernambuco entre 2004 e 2007 com modelos americanos é de que o ICE, enquanto organização parceira da Secretaria, estava diretamente envolvida na definição de padrões e metas, assim como na implementação de processos de gestão das escolas do Procentro. Por exemplo, na área de recursos humanos, o ICE se envolvia diretamente na organização da seleção de professores e gestores, na sua formação e acompanhamento.

O modelo implantado em Pernambuco propunha mudanças para a rede inteira?

Quando implantadas, as escolas do modelo se propunham a atuar como centros de referência, para experimentação de inovações que pudessem eventualmente ser adaptadas pela rede, ainda que parcialmente.

É possível replicar esse tipo de experiência para toda a rede? Por quê?

O próprio conceito de escola "charter" prevê que não seja uma experiência para toda a rede. Por terem mais autonomia, essas escolas podem se tornar fontes de ideias para a melhoria do ensino como um todo. As experiências nacionais e internacionais mostram a importância do fortalecimento técnico e gerencial das secretarias, para que elas liderem o planejamento e implantação de inovações em suas redes. O modelo de escolas "charter" é apenas uma dessas possibilidades.

(Folha Online, 21/03/2011 - São Paulo SP PATRÍCIA GOMES DE SÃO PAULO -Clipping 21.03.2011 )

terça-feira, 1 de março de 2011

Educadores Lamentam Escolha de Tiririca para Comissão na Câmara


Indicado para Educação, palhaço teve de provar à Justiça não ser analfabeto; ele pediu a seu partido, o PR, para ser indicado ao posto.

Depois de submetido a um teste para provar à Justiça Eleitoral que não era analfabeto, o deputado, cantor, compositor e humorista Francisco Everardo Oliveira Silva - o Tiririca - foi indicado, nesta sexta-feira, titular da Comissão de Educação e Cultura da Câmara. A escolha foi anunciada pelo líder do PR, Lincoln Portela (MG), e atende a um pedido pessoal do deputado. Um ofício confirmando a indicação - antecipada pelo estadão.com.br às 15h38 desta sexta - será protocolado pelo PR na terça-feira. Segundo a assessoria de Tiririca, ele queria muito fazer parte da comissão porque pretende atuar, como deputado, na área artística. É até filiado, em São Paulo, ao sindicato da categoria. A notícia espalhou surpresa e desconsolo entre educadores."É um retrato da sociedade que temos", reagiu o professor Mozart Neves Ramos, da ONG Todos pela Educação. "Acho lamentável", acrescenta a titular de Pedagogia da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria Márcia Malavasi. "Não por ele, mas porque há tantas outras pessoas com carreira, seriedade e currículo para essa missão." Tiririca vai discutir e votar políticas educacionais depois de chegar ao Congresso envolvido numa aura de analfabetismo. Eleito com mais de 1,3 milhão de votos - a segunda maior votação da história da Câmara -, só conseguiu tomar posse depois de provar, perante um juiz eleitoral, que sabia ler e escrever. O argumento do juiz Aloisio Silveira, que o aprovou no TRE paulista, foi que "a Justiça Eleitoral tem considerado inelegíveis apenas os analfabetos absolutos e não os funcionais". O educador Mozart Ramos fez uma comparação: "Imagino se, na hora de formar uma seleção brasileira de futebol, houvesse vagas e cotas para os clubes, como para os partidos". O mais grave, observou, é que este é um ano importante para as causas educacionais. "Temos um Plano Nacional de Educação a ser definido. Com ele, a Lei de Responsabilidade Educacional. A reforma do ensino superior, a questão das cotas." Uma agenda "em grande parte técnica, que exige gente de preparo no setor".Lembrando que o Brasil tem "14 milhões de analfabetos com mais de 15 anos e muitos milhões mais de analfabetos funcionais", ponderou que Tiririca não está preparado para atender "à dramática necessidade de se organizar a educação para uma sociedade moderna e preparada". Marcia Malavasi, da Unicamp, esclareceu que não tem nada pessoal contra o deputado. "Não se trata de desmerecer as qualidades que ele possa ter. Mas é evidente que há uma inadequação entre o que ele representa e o tamanho dos desafios da educação brasileira." Completando sua tarde de celebridades, a Câmara emplacou também o ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto. Nesse time jogarão também Danrley de Deus (PTB-RS), ex-goleiro do Grêmio, e o ex-boxeador Acelino de Freitas, o Popó. Romário já avisou que pretende trabalhar com os grupos encarregados de organizar a Copa do Mundo , em 2014, e a Olimpíada do Rio, em 2016. A Comissão de Finanças terá o ex-participante do programa Big Brother Brasil Jean Wyllys (PSOL-RJ).
(Estado de São Paulo, 25/02/2011 - São Paulo SP - Eduardo Bresciani, do Estadão.com.br e Gabriel Manzano - Clipping 01.03.2011)

Nova Forma de Ingresso e Educação na Universidade


Baseado no mérito e no esforço pessoal, o vestibular tem e teve um papel importante na seleção dos alunos nas universidades públicas. Atualmente, porém, não há dúvida de que esse modelo padece de problemas sérios. Grande número de estudantes, principalmente aqueles oriundos das escolas públicas, potencialmente aptos para o curso superior em boas universidades, são excluídos de uma competição equitativa, ou nem mesmo se candidatam, porque os mecanismos de preparação para esses exames competitivos são claramente determinados pelas condições socioeconômicas. Neste ano, paralelamente ao vestibular tradicional, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) dá início a uma nova forma de selecionar alunos que hoje são excluídos ou têm chance reduzida no sistema tradicional de seleção, sem abdicar do mérito acadêmico: o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), que, sem prejuízo da forma tradicional de seleção de alunos da Unicamp - que é o vestibular -, cria 120 novas vagas, destinadas exclusivamente aos alunos que mais se destacaram na sua formação escolar nas escolas públicas de Campinas. Nessa primeira experiência, o critério utilizado foi a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No futuro, outras formas de avaliar a formação continuada do estudante poderão ser adotadas. Por exemplo, a nota obtida ao longo dos três anos do ensino médio, que vários dados apontam como talvez o melhor fator preditivo do desempenho do estudante na universidade. É importante ressaltar que somente o primeiro ou os dois primeiros alunos de cada escola são classificados, assegurando que todas as escolas públicas de Campinas sejam representadas. Trata-se de um programa-piloto e, conforme os resultados que apresentar, o número de vagas do ProFIS poderá ser ampliado nos próximos anos. Dados recentes indicam que mais da metade das escolas públicas de ensino médio da cidade não tem nenhum de seus alunos entre os matriculados na Unicamp. Além de testar uma nova forma de ingresso na universidade pública de qualidade, o ProFIS visa a oferecer aos estudantes uma visão geral do conhecimento universitário, antes de eles se decidirem por uma carreira específica. Assim, o programa prevê que, durante dois anos, os estudantes cursarão disciplinas de caráter amplo, em todas as áreas do conhecimento: cursos especialmente organizados para que, além da formação cultural e científica, se preparem para escolher a sua área específica de formação acadêmica e profissional. Após esses dois anos iniciais, eles escolherão um dos cursos já existentes na Unicamp, e o preenchimento das vagas será realizado com base no seu desempenho nas disciplinas obrigatórias que compõem o programa. Não se trata, portanto, de uma mera proposta de aumento de vagas, tampouco de uma forma de reduzir a competitividade, mas sim de criar um novo modelo de seleção para alunos de graduação e de experimentar uma nova resposta a um dos principais desafios apresentados à universidade contemporânea: formar jovens dotados de cultura ampla e espírito científico, capazes de realizar julgamentos críticos e independentes e preparados para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho. A formação geral na universidade é um tópico cada vez mais reconhecido em todo o mundo e também no Brasil como extremamente importante em nosso tempo, em que as principais riquezas dos países são a extensão do conhecimento e a capacidade de inovação tecnológica. Oferecer formação geral no nível universitário não é uma necessidade decorrente apenas das alterações no perfil das escolas de ensino médio, mas também do fato de que o conteúdo crescente das diversas áreas do conhecimento não pode ser acomodado dentro de um programa tradicional de graduação profissionalizante de quatro ou cinco anos. Da forma como se estrutura o ensino superior hoje em nosso país, a escolha definitiva do curso é feita, muitas vezes, sem uma visão mais ampla dos vários campos do conhecimento e até mesmo daquele selecionado. O resultado é que os formandos das universidades terminam por se verem imersos no competitivo mercado de trabalho com 21 ou 22 anos, sem possibilidade de ampliar seus conhecimentos para além de disciplinas técnicas de seu curso. Não surpreende, portanto, que muitos utilizem os conhecimentos adquiridos na universidade para exercer uma profissão outra, diferente da sua área de formação técnica: vários dados disponíveis mostram que aproximadamente metade dos profissionais regulamentados não atua em sua área de formação. Ou seja, a exigência de uma precoce definição profissional produz um efeito curioso: a universidade termina por ser, sob esse ponto de vista, uma maneira pouco eficiente de oferecer formação não especializada para mais de metade dos egressos. É certo que a resolução dos problemas do ensino superior no País depende da implantação de eficientes políticas públicas, que devem incluir, além do incremento na qualidade do ensino médio, a expansão e a diversificação do ensino superior público. Também é certo, no entanto, que cabe à universidade apresentar soluções conceituais para o enfrentamento das graves questões da educação pública no Brasil. Esse é o escopo do ProFIS. Por meio dele, a Unicamp, sem abrir mão do critério de mérito acadêmico, acaba de criar um curso inovador, que explora novos métodos de acesso à universidade e busca proporcionar a formação geral e qualificada indispensável para a atuação de profissionais capazes de raciocínio independente e crítico, dotados de responsabilidade técnica, ética e social e com conhecimentos adequados para contribuir para o progresso da sociedade brasileira neste século. REITOR DA UNICAMP.

(O Estado de São Paulo, 28/02/2011 - São Paulo SP - Fernando F.Costa - Clipping 28.02.2011)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lato Sensu ou Stricto Sensu?


Desde o primeiro ano do ensino superior, o aluno já deve pensar no seu futuro depois da graduação; saiba quais são os caminhos


Ao entrar na universidade, várias palavras e termos novos entram no vocabulário do estudante. A pós-graduação é uma delas. ''Uma coisa que muitas pessoas não sabem é que existem dois tipos de pós: lato sensu e stricto sensu'', lembra a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação em exercício da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Carmem Silvia Vieira Janeiro Neves. ''O estudante pode fazer os dois, sem demérito para nenhum, mas cada um tem sua especificidade'', ela continua. Aos ingressantes, é bom já ficar atento e se informar mais sobre o assunto, porque é no decorrer do curso que o aluno deve decidir qual lado seguir e qual a especialização que deseja fazer. A carreira profissional já começa a ser construída desde o primeiro dia de aula, observa a pró-reitora em exercício. Por isso, é importante pensar, desde o início, a direção que se quer tomar na vida profissional. ''Uma dica é, já ao longo do curso, começar a perceber dentro das várias disciplinas a que se identifica mais, tem mais vontade de se aprofundar.'' ''Antigamente, o profissional só graduava. Hoje, muitas empresas, além da experiência e histórico escolar, preferem profissionais com mais formações'', avisa a pró-reitora. Lato sensu - A pós-graduação lato sensu é mais indicada para os estudantes que já se encontram inseridos no mercado de trabalho e desejam se especializar. Para isso, ele vai buscar, em sua instituição, as especializações. ''Estas especializações são para atender o mercado de trabalho'', diz Carmen. ''As especializações são mais rápidas. Em um ano o estudante consegue o diploma.'' A carga horária mínima é de 360 horas. No caso das residências, elas podem durar dois anos. As aulas geralmente acontecem duas vezes por semana. Os critérios de seleção para as especializações podem incluir prova escrita, entrevista e análise de currículo. Os residentes não pagam mensalidade, uma vez que estão prestando um serviço à comunidade. Já nos outros casos, a mensalidade vai variar de acordo com a área. Na conclusão do curso, o aluno precisa apresentar uma monografia. Todas as especializações da UEL disponíveis podem ser conhecidas através do site. Stricto sensu - Na área acadêmica, atividades no decorrer do curso são determinantes para o futuro do estudante. ''Às vezes, só no fim do curso que cai a ficha e o aluno não fez estágio. Isso, para quem está prestando mestrado, pode ser fatal'', afirma Carmen. O mestrado entra na pós-graduação stricto sensu. ''Se o estudante gosta da carreira acadêmica, de ser professor de universidade, ou quer ser pesquisador, seguir carreira científica, tem que ter, no mínimo, mestrado. Em algumas áreas, sem doutorado ele não consegue pontuação em nenhum curso'', explica a pró-reitora. Dois anos é o tempo de duração de um mestrado, que exige, ao final, a apresentação de uma dissertação. No doutorado, o aluno vai aprimorar e aprofundar o trabalho realizado no mestrado, com mais quatro anos de estudos. Na conclusão, o aluno deve apresentar sua tese. Na UEL, existem 39 cursos de mestrado e 16 de doutorado. Nem o mestrado nem o doutorado são pagos, e o estudante pode pleitear bolsas de estudo. Na UEL, são distribuídas bolsas da Capes (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão subordinado ao Ministério da Educação, e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), subordinado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, de acordo com a classificação do aluno e com os critérios de cada curso. Na pós-graduação stricto sensu, o aluno escolhe o assunto em que deseja se aprofundar de acordo com a linha de pesquisa e o direciona na sua dissertação e tese. O processo de seleção no mestrado também envolve prova escrita, entrevista e análise de currículo. No caso do doutorado, entra na análise do currículo do aluno a publicação de artigos em revistas científicas. Mie Francine Chiba Reportagem Local

(Folha de Londrina, 25/02/2011 - Londrina PR - Clipping 25.02.2011)

MEC Confirma Reajuste de Piso Salarial do Professor Para R$ 1.187


Valor vai de R$ 1.024,67 para R$ 1.187,08 para jornada de 40 horas. Reajuste é calculado de acordo com custo-aluno do Fundeb.


O piso salarial dos professores da educação básica aumentar em 15,85%, segundo nota do Ministério da Educação divulgada nesta quinta-feira (24). De acordo com o texto, o valor foi calculado em função do reajuste do valor do custo-aluno Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) deste ano. O valor para um professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais passa de R$ 1.024,67 para R$ 1.187,08. O aumento vale para o pagamento de salários a partir de 1º de janeiro deste ano. O MEC aprovou ainda a resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade (integrado também pelo Consed e Undime), que atenua os critérios para que prefeituras e governos estaduais possam complementar seu orçamento com verbas federais e cumprir a determinação do piso. Os novos critérios exigidos para a solicitação de recursos federais por estados e municípios para cumprir o piso salarial do magistério, de acordo com o ministério, são: - Aplicar 25% das receitas na manutenção e desenvolvimento do ensino - Preencher o Sistema de Informações sobre Orçamento Público na Educação (Siope) - Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino - Dispor de plano de carreira para o magistério com lei específica - Demonstração cabal do impacto da lei do piso nos recursos do estado ou município "Com base nestas informações o Ministério da Educação vai avaliar o esforço desprendido pelas administrações solicitantes na tentativa de pagar o piso salarial do magistério. O MEC reservou cerca de R$ 1 bilhão de seu orçamento para este fim", diz a nota. Veja a íntegra da nota: "O Ministério da Educação informa que, com base na nota de cálculo apurada com o reajuste do valor do custo-aluno no FUNDEB deste ano, o piso salarial do magistério deve ser reajustado em 15,85%, o que eleva a remuneração mínima para um professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.187,08. O Ministério da Educação esclarece que esta remuneração está assegurada pela Constituição Federal e deve ser praticada em todo o território nacional, por todas as redes educacionais públicas, municipais ou estaduais e privadas. Com relação à reivindicação da Confederação Nacional dos Municípios de que o reajuste fosse realizado em abril, o MEC informa que o aumento é determinado de acordo com a definição do custo aluno pela lei do Fundeb, no início do ano. O Ministério da Educação informa ainda que aprovou a resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade (integrado também pelo Consed e Undime), que atenua os critérios para que prefeituras e governos estaduais possam complementar seu orçamento com verbas federais e cumprir a determinação do piso. Novos critérios --- Estes são os novos critérios exigidos para a solicitação de recursos federais por estados e municípios para cumprir o piso salarial do magistério: 1. Aplicar 25% de suas receitas na manutenção e desenvolvimento do ensino; 2. Preencher o SIOPE (Sistema de Informações sobre Orçamento Público na Educação); 3. Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino; 4. Dispor de plano de carreira para o magistério com lei específica; 5. Demonstração cabal do impacto da lei do piso nos recursos do Estado ou Município; Com base nestas informações o Ministério da Educação vai avaliar o esforço desprendido pelas administrações solicitantes na tentativa de pagar o piso salarial do magistério. O MEC reservou cerca de R$ 1 bilhão de seu orçamento para este fim."

(Portal G1, 25/02/2011 - Do G1, em São Paulo - Clipping 25.02.2011)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MEC Anuncia Piso de R$ 1,1 Mil para Professores


BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) anuncia nesta quinta-feira o novo valor do piso salarial nacional dos professores do ensino básico - R$ 1.187,97 - e a redução de exigências para ajudar prefeituras que dizem não ter dinheiro para pagar o salário mínimo do magistério. O reajuste será de 15%, índice calculado com base em interpretação da lei feita pela Advocacia-Geral da União. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) contesta o valor divulgado pelo MEC e diz que o piso deveria ser de R$ 1.597 mensais, em 2011. Divergência semelhante já tinha ocorrido no ano passado. Sindicalistas discordam da interpretação endossada pelo MEC, prefeituras e governos estaduais. A lei aprovada pelo Congresso fixa como parâmetro o aumento de gasto por aluno/ano no Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). A divergência é se deve ser considerada a variação do ano anterior, isto é, de 2009 e 2010, ou a atual, de 2010 para 2011. A AGU argumenta que, em 2011, só existe uma estimativa de receita e que seria temerário dar um reajuste com base em previsões. Já a CNTE diz que a lei é clara e fala no ano atual. O piso nacional é definido anualmente. Em 2010, era de R$ 1.024,67 mensais. Ele corresponde à remuneração mínima de professores com jornada semanal de 40 horas e formação de nível médio (curso de magistério). Em tese, profissionais com diploma de nível superior deveriam ganhar mais, o que nem sempre ocorre. O presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, admite que faltam estatísticas nacionais, mas diz que "muitas prefeituras" não pagam o piso.

(O Globo, 24/02/2011 - Rio de Janeiro RJ - Demétrio Weber - Clipping 24.02.2011)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Somos Professores ou Guias Turísticos?

Questionamentos sobre a ênfase na descrição na escola básica existem há muito tempo. O ensino conteudista e mnemônico está presente na relação ensino-aprendizagem e isso pode tornar a escola um ambiente desinteressante para os alunos e, até mesmo, para os professores. Em meados do século XX, Jean Michel Brabant já escrevia sobre essa temática. A necessidade de aproximação da escola com o cotidiano e a urgência em favorecer a politização do aluno faziam parte de suas falas. Há professores que mais parecem guias turísticos dentro da sala de aula do que estimuladores da pesquisa e da investigação. Há aulas em que os alunos se sentem como turistas: "à esquerda, eles podem ver isso e, à direita, aquilo". Eles pouco se lembram do conteúdo lecionado. Se o aluno participar da escolha de sua viagem, possivelmente, a participação em sala de aula tenderia a ser fomentada. Se antes da apresentação de um conteúdo houver um estudo prévio e mais perguntas que respostas, com certeza, a apropriação do conteúdo será mais significativa. A ênfase na pesquisa, na investigação, na coleta de informações, na realização e interpretação de entrevistas e, principalmente, no trabalho de campo pode favorecer a ampliação de novos significados por parte dos alunos. Fomentar os alunos com mais perguntas do que respostas é o principal desafio da educação básica. Só assim será possível visualizar um país com uma população jovem mais politizada e qualificada.

(O Tempo, 23/02/2011 - Belo Horizonte MG - PEDRO FIGUEIRED -, Clipping 23.02.2011)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As Novas Exigências de um Profissional que Atenda as Necessidades Sociais


Introdução: Desde os primórdios da civilização que o homem vem aprendendo, evoluindo e repassando o seu conhecimento adquirido com o passar dos tempos, originando no que chamamos atualmente de sociedade da informação e do conhecimento, onde a transformação dos vários setores da sociedade moderna, do mundo do trabalho, bem como a inserção das novas tecnologias de informação e comunicação são evidentes no nosso cotidiano. A educação sendo o elemento constitutivo da pessoa tem o dever de acompanhar esta evolução, adequando procedimentos e práticas para beneficio dos educandos. Com tantas mudanças ocorridas, tendo como causa principal a reestruturação produtiva, a inserção das novas tecnologias provocaram o surgimento de novos elementos que foram introduzidos no mundo do trabalho, atingindo profissionais de distintas áreas, sendo necessário a partir deste momento uma outra postura deste profissional. Exigindo novas habilidades e competências para ingressar ou permanecer no mundo do trabalho. Diante disto, acreditamos que é evidente que no âmbito educacional, principalmente do ensino superior, há a necessidade dos educadores reverem suas posturas profissionais, buscando se (re)qualificar, que seja reflexivos, que possuam, habilidades, aptidões, conhecimentos, competências e interesses esperados de um profissional que atenda a nova realidade, tendo em vista a sua atividade, o contexto social, tecnológico e cultural em que atuam para a continuação na formação de profissionais com essas peculiaridades. O presente estudo foi realizado utilizando o método qualitativo por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno. A pesquisa é do tipo exploratório sendo este o primeiro passo de todo trabalho científico e ainda utilizamos à pesquisa descritiva o qual os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Quanto aos procedimentos técnicos utilizamos o bibliográfico devido à pesquisa ter como base materiais já elaborados, constituído principalmente de livros e artigos científicos. O método de abordagem é o dedutivo, pois de acordo com a acepção clássica, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Quanto ao método de procedimento, é monográfico por ser um estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor representativo que obedece a rigorosa metodologia. Assim, o estudo está estruturado em capítulos, sendo o primeiro a apresentação, onde fazemos uma contextualização quanto à educação e algumas perspectivas no ensino superior atualmente. O segundo capítulo trata da reestruturação produtiva e da formação inicial, continuada de professores e ainda a formação de professores e as novas tecnologias. O terceiro capítulo apresenta as novas exigências do professor do ensino superior, propondo reflexões a respeito da educação em direitos humanos, ensino, pesquisa e extensão, professor pesquisador, ensino semi-presencial e online e ainda a docência online. Por fim trazemos as considerações finais, onde a partir do estudo desenvolvido observamos que alunos e professores anseiam por um ensino superior mais moderno que esteja inserido na realidade do mundo globalizado e que beneficie os alunos com um ensino atual focado no mercado de trabalho e que também beneficie a sociedade. É de fundamental importância rever os perfis profissionais e os processos de formação das escolas e universidades haja vista que é imprescindível que as instituições de ensino e os profissionais da educação estejam atualizados comparados a realidade vivenciada na sociedade e possibilitando assim a imersão da comunidade escolar e acadêmica. A cultura digital, a nova organização do mundo do trabalho, aos novos paradigmas organizacionais e principalmente cumpri com sua função social que é de preparar cidadãos para o trabalho e para a vida, ou então esta escola e/ou universidade estará fadada a se tornar desinteressada, obsoleta e não cumprirá suas funções.

(Revista Gestão Universitária, Edição 260 - Antônio Carlos Pereira dos Santos Junior - Clipping 22.02.2011)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

USP Demite Professor por Plágio em Pesquisa


A reitoria da USP decidiu demitir um professor de dedicação exclusiva, com mais de 15 anos de carreira, após entender que ele liderou pesquisa que plagiou trabalhos de outros pesquisadores. A exoneração por plágio é a primeira na instituição em mais de 15 anos. O imbróglio envolveu também a ex-reitora Suely Vilela, coautora da pesquisa questionada. Ela não sofreu punição -a avaliação é que não teve relação com os trechos plagiados. Outra pesquisadora teve o título de doutorado cassado. Era responsável pelas partes contestadas. Tanto o docente quanto a pesquisadora podem recorrer internamente e judicialmente das decisões. "A punição de docente, discente ou funcionário técnico-administrativo é sempre dolorosa", disse à Folha o reitor João Grandino Rodas, a quem coube a decisão da punição, após duas comissões internas terem recomendado a decisão. O processo durou mais de um ano. "Contudo, há de se ter em mente que em casos gravíssimos, como os presentes, a ausência do devido castigo compromete a universidade, cujo maior tesouro é a credibilidade", completou. O docente Andreimar Soares, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, foi demitido por ser o principal autor da pesquisa, que copiou imagens de trabalhos de 2003 e 2006, sem creditá-las aos autores, da UFRJ (Federal do Rio). Um dos objetivos do trabalho da USP era investigar se uma substância isolada da jararaca é útil contra o vírus da dengue. Dez cientistas participaram da pesquisa, publicada pela revista "Biochemical Pharmacology". As imagens copiadas eram de responsabilidade de Carolina Dalaqua Sant'Ana. O trabalho foi uma continuação de sua tese para doutoramento na USP. A escola decidiu cassar o título por entender que houve plágio e "possível fraude" em seu trabalho. A publicação em revistas científicas é um dos principais indicadores de produção no mundo científico. Uma boa produtividade rende prestígio e financiamentos. RETRATAÇÃO - A Folha ligou anteontem para a casa do docente demitido. Uma mulher informou que ele não daria entrevista. A reportagem tentou por mais de um mês contato por e-mail, sem sucesso. Em mensagem anterior, ele afirmou que "ocorreu um lamentável erro de substituição de figuras pela minha ex-aluna de doutorado". Soares disse, porém, que não houve má-fé e que já havia tomado medidas para a retratação "deste grave erro". A reportagem não encontrou a pesquisadora que perdeu o título de doutora. Segundo a reitoria, ambos foram ouvidos no processo, ao qual a Folha não teve acesso. A investigação começou em 2009, após a denúncia do próprio grupo da UFRJ, autor das imagens copiadas. O último caso de demissão na USP por plágio foi em 1995, envolvendo docente do Instituto de Psicologia. Nos últimos anos, surgiram ao menos outras duas denúncias, nas área da física e do direito. Ambas não acarretaram em exoneração.

(Folha de São Paulo, 20/02/2011 - São Paulo SP - Chefe de trabalho que usou imagens sem creditá-las, ele diz não ter havido má-fé. É a 1ª exoneração do tipo em 15 anos; comissão conclui que ex-reitora, coautora, não teve relação com problema - FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO - Clipping 21.02.2011)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Provinha Brasil: Orientação e Aplicação


Informamos que a Provinha Brasil está sendo distribuída nas escolas pertencentes a DRE-AS (creio que não será diferente nas demais DRES’s). Solicitamos para que seja reservado espaço para acomodação das caixas, e a pessoa responsável pelo recebimento.

A mesma será aplicada na primeira semana de março, como diagnóstico de Língua Portuguesa, das turmas que vieram do 2º ano para o 3º ano (Ensino Fundamental de 8 anos).

A SME/DOT-P indicará orientações pedagógicas, à partir do guia de correção que ajudará o professor a localizar nos documentos da Secretaria (Orientações Curriculares, Cadernos de Apoio e Aprendizagem, Guia de Planejamento e Orientação Didática) as atividades que podem contribuir para o apoio das aprendizagens dos alunos.

Trata-se de mais um instrumento, além do relatório da Prova São Paulo, 2010, a ser utilizado pelos professores na 1ª Jornada Pedagógica que acontecerá na segunda quinzena de março, com o objetivo de ajuste do Plano de Ensino.

Acreditamos que dessa forma os resultados poderão realmente ajudar na definição de encaminhamentos pedagógicos que irão contribuir para melhorar a aprendizagem dos alunos.

Data da Aplicação deve ocorrer no período de 01 a 04/03 – a escola aplicará dentro desse período e de acordo com sua organização;
O período de correção é de 09 a 11/03, pelos professores da unidade.


Atenciosamente,

Prof. Israel Lima

Contextualizando a educação inclusiva e a formação de professores


A educação inclusiva é uma política fundamentada na concepção de direitos humanos e defende o direito que todos os alunos têm, de acesso e permanência na escola, sem qualquer forma de discriminação. Exige por isso uma mudança na lógica de exclusão até então predominante nas escolas que, para tornarem-se verdadeiramente inclusivas, deverão atender a todos os alunos com um trabalho de qualidade, reconhecendo e valorizando suas diferenças e desfazendo preconceitos. O Brasil conta com, aproximadamente, 24 milhões de pessoas com deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Censo 2000 revelou que 14,5% (quatorze vírgula cinco por cento) da população brasileira possuíam, pelo menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa. A maior proporção se encontrava no Nordeste, compreendendo 16,8% do total e a menor, no Sudeste, englobando 13,1%. Para a efetivação do processo de inclusão, se faz necessário que haja mudanças na perspectiva educacional, que possibilite à escola atender a todos os educandos, independente de suas características físicas, intelectuais, sociais, culturais, lingüísticas, entre outras. O respeito à diversidade e direito à diferença não é uma temática nova. A partir da Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990) e da Declaração de Salamanca (1994), as pessoas com deficiências passaram a ter direitos garantidos, como os demais cidadãos. A escola passa a viver o desafio de ser uma para todos, de não reproduzir no âmbito escolar o movimento tão premente em nossos tempos de homogeneização dos seres, de abafamento das singularidades e das diferenças. Na medida em que avança o processo de inclusão, também avança a discussão sobre a reconstrução das práticas educativas dessas escolas, a fim de atenderem realmente às necessidades educacionais especiais de todos os alunos. Considerando que um dos obstáculos mais citados para a educação inclusiva, é o “despreparo dos professores”, que acarreta o estranhamento do educador com aquele sujeito que não está de acordo com “os padrões de ensino e aprendizagem” da escola (MEC, 2005), faz-se necessário conhecer como a formação dos professores têm contribuído para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas, pois se sabe que trabalhar com a diversidade implica não só a aceitação da heterogeneidade dos grupos, bem como as diferenças das pessoas, o contato e a interação com esses sujeitos.

(Revista Gestão Universitária, Edição 260 - Escrito por Ana Carolina Machado Ferrari - Clipping 18.02.2011)
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