Pelo Corredor da Escola

Apontar temáticas do cotidiano escolar é o objetivo primeiro deste blog, na intenção de ser "elo" entre as partes envolvidas (aluno/professor). A reflexão é o nome deste elo, que não só une, mas debate e critica os principais livros do Brasil e do mundo.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Analfabetismo

O título do presente artigo cabe muito bem na atual situação de surrealismo reinante no Ministério da Educação. O Brasil é farto em estatísticas de violência, indicadores socioeconômicos, mas carente de bons resultados de políticas públicas. No setor privado, o Brasil tem ido bem, como provam os indicadores econômicos internacionais. Os empresários têm respondido positivamente aos estímulos e oportunidades que o mercado global lhes oferece. Entretanto, eles convivem com verdadeiras barreiras decorrentes da incompetência de gestores públicos e da perpetuação do anacronismo no país, em particular, advindos da existência longeva e persistente do mais formidável cipoal de leis inúteis e obsoletas, que remetem nosso país ao substrato dos países mais atrasados do mundo. No quesito da educação, é público e notório que o Brasil se mantém na berlinda dos indicadores de qualidade, enquanto o governo federal vem prestando um desserviço permanente à nação. A começar pela inauguração apressada e eleitoreira de pedras fundamentais de campi universitários e institutos improvisados, visivelmente desalinhados em relação às balizas de qualidade estabelecidas pelos países mais avançados, enquanto não respondem às principais demandas nacionais. Da combinação de inércia com inoperância e incompetência resulta situação permanente de deficiência e atraso. Um sintoma agravante recente é o fato de o baixo clero do MEC ter recebido o aval do ministro Haddad (ministro-cota imposto pelo ex-presidente Lula) para publicar uma cartilha, que, na prática, oficializada a barbárie linguística. É uma obviedade o fato de a linguagem escrita e falada ser essencial para a cultura de uma sociedade. A má linguagem degenera a comunicação, degrada a qualidade da escrita e compromete todas as atividades afetas à formação do cidadão, seja ela de natureza técnico-científica ou humanística. Nossos filhos e netos, por consequência desses descalabros, irão pagar caro, num futuro em que será exigida cada vez mais qualificação na formação educacional.


(Diário Catarinense, 09/06/2011 - Florianópolis SC - Sergio Colle - Clipping 09.06.2011)

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