Pelo Corredor da Escola

Apontar temáticas do cotidiano escolar é o objetivo primeiro deste blog, na intenção de ser "elo" entre as partes envolvidas (aluno/professor). A reflexão é o nome deste elo, que não só une, mas debate e critica os principais livros do Brasil e do mundo.

Para maiores informações falar com o Prof. Israel Lima

israellima7.4@bol.com.br


sábado, 4 de julho de 2009

Sem Ela...


(Poesia de Israel Lima)

Sem ela...

Não seria capaz de viver,

Não seria capaz se sonhar,

Não seria capaz de amar...


Por ela...

Romperia dimensões,
Entregaria meus desejos contidos...
Despedaçaria o coração...


Sem ela...

Não seria ninguém,
Não seria feliz,
Não seria capaz...

Pra ela...

Eu mostraria o céu,
O mar,

E até mesmo o infinito...

Sem ela...

Não seria hoje o homem que sou,

Não teria tanto amor,

Não seria um bravo lutador...


Com ela...

Realizaria os sonhos perdidos,
O amor teria cor,

Cheiro e sabor...


Sem ela...


Preferiria morrer,
Preferiria sofrer,

Preferiria padecer...

Pois ela...

É quem alegra o meu mundo,
Ela silencia meus murmúrios dolentes,
É Ela quem me deixa mais contente!


***

Posso Viver Melhor Controlando Minha Respiração?


Veja o que pensa e diz o especialista neste segmento Meghal Takkar:


Experimente reservar 30 minutos de seu dia para esvaziar a mente e, apenas, respirar. Um ato tão simples, e tão dificultado pelo atribulado cotidiano que a maioria das pessoas vive, pode fazer a diferença na qualidade de vida e no equilíbrio emocional de quem o pratica. Quem ensina é o instrutor indiano sênior da Fundação Arte de Viver, Meghal Takkar, que em sua primeira visita ao Brasil esteve em Santos, na terça-feira, dia 30 de junho, proferindo palestra, no auditório do Colégio do Carmo, sobre "O Segredo da Respiração" Meghal viaja pelo mundo há mais de 10 anos passando seus ensinamentos e promovendo cursos avançados nesta área.

"Preste atenção em sua respiração. Mantemos a mente em atividade o dia inteiro, igual a uma prisão, nossos sentidos estão ocupados o tempo todo. Damos tempo para nossa casa, para nosso carro, para cuidar da aparência física, mas não damos tempo para o nosso ser interno. Quando sobra algum tempinho, a tendência é se jogar na frente da televisão. A vida corre com velocidade, quanto tempo você tem mais? Ninguém está aqui permanentemente", alertou. Voltar-se para si permite o auto- conhecimento, estar mais consciente e a consciência traz a liberdade, explicou o instrutor indiano.

Segundo ele, a respiração é o elo entre o corpo e a mente. "A inspiração é o primeiro ato da existência e a expiração é o último; neste meio tempo é o que chamamos de vida. A respiração é a ligação entre o mundo interno do silêncio e o mundo externo da atividade, mas não sabemos usá-la; 90% das toxinas são liberadas por meio da respiração, mas a maioria das pessoas usa apenas 35% de sua capacidade pulmonar".
Como alcançar a quietude, sem se deixar levar por tempestades de raiva, de tristeza? Meghal Takkar lembra que, constantemente, nossa mente fica apegada no passado e curiosa do futuro e, assim, acabamos estragando o momento presente, onde tudo está acontecendo. "Quando respiramos, trazemos a mente para o presente, ficamos mais focados, mais felizes".

Técnicas de respiração, relaxamento e meditação serão ensinadas em dois cursos que a Fundação Arte de Viver realiza em Santos este mês e em agosto, no auditório do CCBEU: "Yes! Plus", de 20 a 26 de julho, das 10 às 17h, para jovens de 18 a 30 anos, e "Arte de Viver", programa vivencial que acontece de 4 a 9 de agosto, para pessoas acima de 30 anos. Os interessados podem entrar em contato pelo tel. (011) 35696000, (13) 91577973 (Letícia) e (13) 81175516 (Bruno). A Fundação Arte de Viver é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que desenvolve trabalhos educativos, sociais e humanitários pelo mundo. É considerada a maior ong em número de voluntários e está presente em mais de 150 países. Para saber mais visite o site www.artedeviver.org.br

(Extraído do Jonal da Orla - 05/07/2009 - Saúde - Título Original: O segredo da respiração)



Comentário
: Você gostou do que leu? Será mesmo que podemos aliviar nossas mágoas, stress, desapontamentos através da respiração?

Comente!!!


Carta de uma Professora Mineira – 10º e último Capítulo



Abri quando Humberto disse isso é para você aprender, e disse lá a alcunha do Rafael. Disse então ao Humberto que saísse de sala e procurasse o diretor e contasse o que aconteceu. Ele disse que não sairia. Insisti e ele nem se mexeu do lugar. Resolvi então sair com toda a turma e deixá-lo na sala.

Fui para a cantina, único lugar disponível no momento, onde custei a conseguir ambiente para dar aulas. O aluno Aristides, que me parece também ter algum problema, mas nunca fui informada sobre, não parava de mexer com o Rafael e dar risadas ao que era acompanhado por vários outros. Depois de lhe chamar a atenção várias vezes, disse que não ia fazer nada porque ali não era lugar de dar aulas.


Todos iniciando a tarefa me informam que não poderia continuar porque tinha um lanche da Escola Integrada às 8:30. Quando desci, encontrei o diretor no pátio e avisei sobre o Humberto. Como ele já não estava mais na sala, voltei com os alunos. Nove horas, o horário terminou.

E a aula nem começou!!! Imagine o que é isso para uma professora que preparou a aula para aquela turma. Tentou, fez o possível e impossível e nada conseguiu Confesso só não chorei porque tinha que dar outras aulas.


2. Na semana anterior estive de licença devido a uma cirurgia para extração do dente siso e implante ósseo e Fernanda, professora de Língua Portuguesa, foi me substituir. Segundo me contou Fernanda, que na segunda-feira quando lá cheguei me disse que não queria ficar ali naquela escola, foi desacatada pelo aluno Mateus o qual ela pôs para fora de sala, conduzindo-o até a sala do diretor.

Logo que ele voltou, tirou da mochila um revólver de plástico e mostrando para ela disse aqui a gente trata professor é assim, mas não é com esse de plástico não.

Mateus é um garoto negro, gordinho, está num nível bastante atrasado de alfabetização para sua idade, não tem limites, respeito, educação, higiene, compromisso.

Segundo foi relatado na primeira reunião em que participei na escola, traz grandes problemas desde o ano passado. Já renovei com ele o compromisso da educação, respeito e cumprimento das tarefas por várias vezes, fica muito bacana por uma semana, mas depois torna-se insuportável novamente.

Parece-me que sua mãe já foi chamada à escola várias vezes. Não tenho referências sobre a sua participação em programas sociais ou na Escola Integrada. Já pedi informações a respeito, me deram, mas já me esqueci e no momento não tenho em mãos meu caderno com anotações.


3. Poderia acrescentar ainda alguns episódios ocorridos no turno noturno, mas como esses são somente em uma determinada turma e com determinados alunos, deixo para outro momento.
Por fim, me pergunto e o IDEB? E só posso responder: hehhehehheheheh Creio que teria registros para fazer outra tese de doutorado, mas no momento lhes entrego - Professores, Diretor e Vice, Coordenadores, Regional e SMED - estas dez páginas escritas a poder de muitas lágrimas.

Um abraço esperançoso.


Áurea

Em 24/03/2009




Obrigado a você, que acompanhou os dez capítulos desta carta de uma professora mineira que leciona Língua Portuguesa. Esta professora relata nesta carta, que dividi em dez capítulos, sua indignação a falta de respeito aos profissionais da educação, em especial aos professores!

Concordo com que relatou esta corajosa mulher nesta brilhante carta!

Espero que você tenha comprovado e que também tenha se indignado com este testemunho!

Deixa, aqui, seu comentário em forma, também, de protesto!


Obrigado!!!

Alunos Aprovam Flexibilização do Currículo no Ensino Médio


Leia esta matéria e depois deixe o seu comentário!

A possibilidade de o aluno do ensino médio escolher parte das disciplinas que quer estudar, flexibilizando o currículo desta etapa, parece animar os estudantes secundaristas. A proposta foi apresentada na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação). O projeto chamado de "ensino médio inovador " está em discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação), colegiado responsável por elaborar diretrizes curriculares.

A opinião da estudante Esther Arraes Drigati, que cursa o 3° ano em um colégio particular de Brasília, resume o que pensam vários alunos do ensino médio. "A gente estuda muita coisa que não vai precisar", diz. Pesquisas mostram que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.

Além da possibilidade de o aluno escolher as disciplinas que complementam as básicas, está previsto que o atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, seja dividido em eixos mais amplos como linguagens e ciências humanas. Outra mudança é o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado.

Para Rosa Lúcia Nascimento, professora de História de uma escola pública de Brasília, a possibilidade de um currículo flexível, montado a partir das prioridades do aluno é "fantástica". "O ensino médio hoje ficou inserido como etapa conclusiva do ensino fundamental. Ele se torna desinteressante porque a gente não consegue aproximar os conteúdos da realidade deles", avalia. Mas ela ressalta que é necessário investir na formação continuada dos professores para que o novo modelo dê certo.

Rebeca Oliveira Martins, aluna do 1° ano, acha que o novo modelo pode aumentar o interesse do aluno pela escola. "Desanima muito fazer as disciplinas que a gente não gosta", diz. João Guilherme Machado, aluno do 3° ano, aposta que o novo modelo vai permitir uma formação mais voltada ao mercado. "Ao concentrar-se nas disciplinas de interesse, a escola pode gerar até um profissional mais focado", aponta.

O projeto do MEC sugere ainda que programas de incentivo à leitura estejam previstos na nova organização pedagógica. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais dentro do currículo. O CNE vai realizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. O processo deve ser concluído até julho. Depois dessa etapa, o ministério começará as negociações com os estados, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais.

(Extraído do portal Terra - 02 de julho de 2009)


Meu Comentário: Não quero ser pessimista, mas será que esta inovação dará certo? Com o sistema atual de educação, já percebemos a falta de interesse do aluno, a falta de compromisso com os estudos, o desrespeito com os professores. Penso que esse novo Currículo gerará muito mais o desinteresse do que o atual! Agora é esperar pra ver! Tomara que eu esteja enganado! E você, o que acha?


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Próprio Amor


(Poesia de Israel Lima)
Tenho visto em mim,
Sei que não posso negar,
Há um nome
para este estranho sentimento:
Sei que fui barro de um oleiro,

Tela de um pintor, água ou o
Próprio amor.

Fui talvez, tudo que há de mais
sagrado,
Fui água, catedral, rima e

Verso,
Fui talvez, descrito por
Neruda,
Ou quem sabe pelo

Próprio Carlos Drummond de Andrade...


Fui a flor do Saara escaldante,

Deram as minhas mãos
Algemas e não deram pão...

Não fui a lágrima em Israel,

Nem as armas do Vietnã,

Nem sentimento, nem dor,


O próprio amor...


***

Carta de uma Professora Mineira – 9º Capítulo


Chegaaaa, se não temos como “educar e cuidar” dessas crianças de verdade, não podemos continuar fingindo, isso é uma falta de compromisso, uma irresponsabilidade. Em nada se difere essa atitude de eu professora entrar para sala de aula, ficar lá com todos os alunos presos, fingindo que estou ensinando, enquanto eles se espancam, pulam sobre as carteiras se masturbam e não perturbam o andamento da escola, nem da Regional e depois vem a SMED saber porque o Levindo está entre as piores escolas.

Meninos sem aula aprendem o quê? Essa mesma mãe que me falou da relação dos alunos com a polícia, disse-me que foi ajudar a aplicar uma dessas provinhas, sei lá qual, e que foi um inferno! Os garotos berravam, nada escutavam, ela saiu de lá com uma dor de cabeça que parecia que iria morrer e que inclusive já relatou isso a Macaé.
Ficar com esses alunos na escola para eles não perturbarem a sociedade!!!! É essa a inclusão???

Segundo Estrela (1984), o sentimento de fracasso e de impotência diante das situações de indisciplina reflete na imagem profissional do o/a professor/a, levando-o/a a optar pela “conspiração do silêncio” , denegando os desafios que a indisciplina lhe impõe.


Parece-me que é isso que ocorre na Levindo Coelho, onde professores, cheios de boa vontade e de competência, tentam dar aulas com alunos de pé sobre suas mesas e uma algazarra só, como já pude presenciar.
Nesse movimento de manutenção da ordem desejável os/as professores/as convivem com a tensão “provocada pela atitude defensiva, a perda de sentido da eficácia e a diminuição da auto-estima pessoal que levam a sentimentos de frustração e desânimo e ao desejo de abandono da profissão”. (ESTRELA, 1994, p.97) Esse é meu caso!!!

Depois de quase 30 anos de um bela carreira!!!!!
Será que todos nós, professores estamos errados, não queremos trabalhar, somos incompetentes? Ou estamos a tomar providências também? Para encerrar, cito ainda alguns episódios esparsos para que fique mais clara ainda a realidade dessa, digo dessa, porque estava nela, mas de muitas, quiçá de todas as escolas de Belo Horizonte. Ressalvo que os nomes citados não são fictícios.

1. Há uns quinze dias atrás tentava dar minha aula na famosa turma 12. Entre gritos e gargalhadas escandalosos, batucadas de pés e mão, ouvia-se também provocações de uns alunos aos outros. De repente o aluno Humberto, que somente após esse episódio vim a saber que tem um problema (qual nem eu e acho que ninguém sabe) e que não estava tomando os remédios controlados, segundo informações da mãe, levanta-se e cobre o Rafael - aquele do email passado, que se masturbava e gritava na sala - de pancadas.

Os alunos gritam e alguns dizem: - não entra não, fessora, que no ano passado ele quebrou o dedo da professora. Mesmo que não dissessem isso, eu já estava paralisada diante de tamanha violência. Humberto bem alto debruçado sobre o Rafael chutando e dando coques por todos os lados. O barulho dos coques me arrepiava. O que fiz? Nada. Creio que nem mesmo assisti a tamanha brutalidade porque de repente fechei os olhos.



(Acompanhe o próximo capítulo)

Carta de uma Professora Mineira – 8º Capítulo


Trabalhei também em várias escolas do Estado, de 1977, quando me formei, até 1994, quando assumi meu segundo BH. Em regiões das mais diferentes em BH: Escola Estadual Amélia de Castro Monteiro ( entre Boa Vista e Horto), Cândida Cabral (Alto dos Pinheiros), Instituto de Educação ( Funcionários) São Judas Tadeu (Contagem). Em 1983, passei também no concurso do Estado e fui para a Escola Mendes Pimentel (Providência) e em 1990 ou 1991, não me lembro no momento, fui para a escola Pedro II (em frente ao Pronto Socorro), onde fiquei até pedir exoneração para assumir o 2º BM.


Durante 11 anos trabalhei três turnos, pois tinha também as escolas particulares: das “melhores” como Coleginho da Universidade Católica, Alcinda Fernandes, São Tomás de Aquino, Zilá Frota até as alternativas como o Albert Einsten e uma que não sei definir, mas era bem parecida com o que se vê hoje no Levindo: depósito de adolescentes: Escola José de Alencar Rogedo (escola para filhos de empresários, industriários, banqueiros, deputados, vereadores, professores que já tinham sido expulsos de várias escolas privadas ditas de ponta em BH) Lá fiquei por seis anos e dei conta de muitas feras!!!


Conheço escolas e mais escolas por esse Estado e Brasil. Portanto, não estou falando do que não sei e não tenho competência para falar. Ajudei várias escolas (professores, diretores, funcionários e pais) a elaborarem PPP e Regimento Interno.

Com tudo isso, sinto-me a última educadora dos tempos no mundinho do Levindo Coelho. Desaprendi? Esqueci o que é uma escola? Não, por que não foi uma nem duas vezes na SMED que eu chamava a atenção para o que sofriam os professores nas escolas e nossa impotência. Mas, há sempre outras prioridades....


Sinto muito dizer, mas não dá mais para defender que aluno que não cumpre as normas da escola (e onde estão essas normas?) tenha os mesmos direitos dos outros, ou melhor, tenham o direito de tirar o direito dos outros de aprender. Sinto muito, mas isso não é inclusão. Essa é a forma mais perversa de excluir e excluir em massa: os que cumprem as normas, mas não têm ambiente para aprender e também os que nada cumprem e nada aprenderão.

Não dá mais para dizer que nós, professores, vamos construir com esses alunos a censura – tão dita por Freud quando fala da existência de um certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a sociedade e que controla o "princípio do prazer". Ora, temos lá esse poder ou competência? Somos muito presunçosos, não?!!


A escola não salvará o mundo. Chega da minha hipocrisia, da hipocrisia da Smed, dos Conselhos Tutelares, da Promotoria Pública que há anos ditamos um discurso vazio, mas não estamos na escola para dar aulas a esses alunos. Chega!!!! È hora de tomarmos medidas mais sérias com esses alunos e suas famílias. Conversa não constrói censura. A escola não tem esse poder. Muitos hão de dizer a escola sozinha, não, mas se .... CHEGAAAA!!!! Não tem mais se, nem menos se... não temos ajuda para tal. A saúde não pode isso, não quer aquilo, negociação com eles é impossível, dinheiro da educação não pode pagar psicólogo, psiquiatra, médico, não pode isso não pode aquilo, mas pode levar menino para Petrópolis, Terezópolis, Inhotim, Cafundel e deixam 40% viajados e marginalizados. È duro!!!!


Ah de se pensar também, estamos desviando é muito dinheiro da educação, pois os professores, adoecem , caem em depressão e lá vai dinheiro.!. Ah! Também há aqueles e aquelas que dizem não se pode pôr psicólogo ou psiquiatra para cuidar desses meninos, pois os professores vão pôr todos no mesmo balaio. !!!! E citam essa ou aquela pesquisa de mil seiscentos e Adão. Rsrrsrrsrsrrss. Será que tem até mesmo professor fora desse balaio? Eu já caí de cabeça nele.!!!!



(Acompanhe o próximo capítulo)

PDE - Lei é Aprovada e Prêmio Será Pago em Julho/2009


A Câmara Municipal aprovou hoje, em segunda votação, o Projeto de Lei nº 443, do Executivo, que alterou a Gratificação por Desenvolvimento Educacional (GDE), criada em 2001, para Prêmio de Desempenho Educacional (PDE).

O pagamento da primeira parcela deve ser efetuado na primeira q uinzena de julho e a segunda parcela, conforme prevê a nova lei, em janeiro de 2010.

Para ter direito ao PDE, o profissional de educação deverá ter iniciado exercício até 31 de maio do ano a que se refere o prêmio e ter completado, no mínimo, seis meses de efetivo exercício nas unidades da Secretaria Municipal de Educação. O desempenho das unidades será aferido até o dia 30 de novembro de cada ano.


FALTAS E LICENÇAS ATÉ ABRIL DE 2009 NÃO
IMPLICARÃO EM DESCONTOS NO VALOR DO PRÊMIO

Para 2009, o valor a ser pago individualmente considerará as ocorrências no período de maio a novembro.

A partir de 2010, também será considerado o mesmo período.

SINPEEM CONSEGUE ALTERAR PL MANTENDO A POSSIBILIDADE DO PAGAMENTO EM DUAS PARCELAS

O PDE proposto no projeto do governo determinava que a partir do próximo ano o pagamento ocorreria em uma única parcela, no mês de janeiro, do ano subsequente ao da avaliação, mediante decreto e considerada a disponibilidade orçamentária e financeira da Administração Municipal.


Depois de muita pressão, o presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca, conseguiu com que o governo mudasse sua proposta para que, considerando o processo negocial realizado na data-base da categoria, possa ser concedida antecipação de parte do valor do prêmio no ano de competência, na form a que dispuser o regulamento.


Com esta mudança, será possível o pagamento da primeira parcela até o mês de julho de cada ano, com valor a ser fixado nas negociações e a diferença para o valor total no mês de janeiro do ano seguinte.


O SINPEEM propôs que todos os profissionais de educação, independentemente da jornada de trabalho e do local de exercício, recebessem até 100% do valor estabelecido para o Prêmio de Desempenho Educacional.

Não houve, no entanto, a concordância do governo, que manteve os percentuais praticados atualmente:

· 50% do valor total para JB (20 horas/aula)


· 75% do valor total para JBD (30 horas/aula);

· 100% do valor total para Jeif, J-30, JB-40 e Jornada Básica de 40 horas semanais.

O cálculo do PDE será feito de acordo com o que dispuser os indicadores de desempenho das unidades, a serem fixados em decreto, combinado com a jornada a que o servidor estiver submetido no respectivo ano letivo.


Desde que a GDE foi criada, em 2001, o SINPEEM vem lutando para que as licenças gestante, para tratamento da própria saúde e/ou por acidente de trabalho não fossem descontadas do valor da gratificação, causando prejuízos aos servidores. Defendemos o mesmo em relação às faltas abonadas, gala e nojo.


O Departamento Jurídico do sindicato entrou com mandado de segurança coletivo no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi concedido, por unanimidade. Desta decisão foram interpostos embargos de declaração, pela Prefeitura, que se encontram conclusos desde 04 de junho de 2009, ou seja, as licenças médicas não poderiam mais ser descontadas da GDE.


Nas negociações com o governo, apresentamos emenda ao projeto para que as faltas abonadas e as licenças, de qualquer natureza, não fossem descontadas no valor total do prêmio, considerando, inclusive, as decisões da Justiça em resposta às ações ajuizadas pelo SINPEEM. No entanto, não houve concordância, apesar de todas as nossas pressões e argum entos.


Com a mudança da denominação de GDE para PDE, a Prefeitura manterá os critérios estabelecidos e fará os descontos. Mesmo com a aprovação da nova lei, o SINPEEM continuará pressionando administrativa e juridicamente contra estes descontos.


APOSENTADOS CONTINUAM SEM O DIREITO

Apesar da pressão do SINPEEM para incluir na lei do PDE a extensão deste prêmio aos aposentados, garantindo o princípio de isonomia, o governo não cedeu e manteve estes profissionais de fora, deixando claro que a substituição da denominação da GDE para Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) e a fixação de critérios quanto ao pagamento, exclusivamente para os servidores em exercício, são respostas aos ganhos judiciais obtidos pelo sindicato.

O SINPEEM conseguiu vitória na Justiça, com a extensão do pagamento da GDE para os aposentados, e não pode concordar que eles permaneçam excluídos.

Entendemos que, após trânsito em julgado das ações que reconhecem o direito para os aposentados e o não-desconto de faltas abonadas e licenças, a Prefeitura terá de pagar a GDE para os aposentados desde 2001 até 2008 e devolver valores descontados por faltas abonadas e licenças para os ativos, ocorridas neste mesmo período.

Atendendo à reivindicação do SINPEEM, foi incluído no projeto de lei que dispõe sobre o prêmio, artigo garantindo novo prazo, de 30 dias, a partir da publicação da lei, para os adjuntos optarem pela transformação para professor titular de educação infantil e fundamental I e/ou professor de ensino fundamental II e médio.


O mesmo prazo poderá ser usado para os professores que permaneceram na antiga JB (20 horas/aula) optarem para que a jornada do seu cargo docente passe a ser a JBD (30 horas/aula).


(INFORMATIVO SINPEEM - 29/06/2009)
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