Na relação candidatos/vaga para o vestibular 2012 da UFMG, classificada em décimo lugar entre as melhores universidades da América Latina, segundo um ranking divulgado pela Quacquarelli Symonds World University Rankings (QS), chama a atenção a pouca procura pelos cursos de licenciatura. Vejamos alguns: história, 4,77; ciências biológicas, 3,47; pedagogia, 2,97; matemática, 2,95; química, 2,55; educação física, 2,15; filosofia, 1,88; física, 1,83; geografia, 1,60; letras, 1,41. O desinteresse é justificado, principalmente, pela pouca valorização da carreira, pela falta de uma política de incentivo e apoio à educação. Sem estímulo salarial, pedagógico, enfrentando-se dificuldades crescentes para um bom desempenho do cargo, o número de professores tende a ser cada vez menor. O candidato que opta por licenciatura sabe que se trata de formação para dar aulas. Ao analisar os cursos, a tendência é buscar aquele que habilite a trabalhar em setores que não estejam à margem do sistema. Que estudante buscará um curso de licenciatura para trabalhar durante nove horas por dia em salas de aula na educação básica? Não é necessário análise pormenorizada para entender as razões da baixa procura pelos cursos de licenciatura. Falta uma política remuneratória digna, condições adequadas de trabalho, valorização do profissional, condições capazes de atraí-lo e mantê-lo em sala de aula, o que deve estar na pauta de quaisquer discussões sobre melhoria da qualidade de ensino.
(Clipping 11.10.2011 - O Tempo, 11/10/2011 - Belo Horizonte MG - JOSÉ MARIA THEODORO - Mestre em linguística e língua portuguesa)
(Clipping 11.10.2011 - O Tempo, 11/10/2011 - Belo Horizonte MG - JOSÉ MARIA THEODORO - Mestre em linguística e língua portuguesa)
1 Comentário:
Olá Israel, infelizmente essa é a realidade que vivemos... Mas acredito que um dia essa situação possa ser revertida! Abraço!!!
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