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A possibilidade de o aluno do ensino médio escolher parte das disciplinas que quer estudar, flexibilizando o currículo desta etapa, parece animar os estudantes secundaristas. A proposta foi apresentada na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação). O projeto chamado de "ensino médio inovador " está em discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação), colegiado responsável por elaborar diretrizes curriculares.
A opinião da estudante Esther Arraes Drigati, que cursa o 3° ano em um colégio particular de Brasília, resume o que pensam vários alunos do ensino médio. "A gente estuda muita coisa que não vai precisar", diz. Pesquisas mostram que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Além da possibilidade de o aluno escolher as disciplinas que complementam as básicas, está previsto que o atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, seja dividido em eixos mais amplos como linguagens e ciências humanas. Outra mudança é o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado.
Para Rosa Lúcia Nascimento, professora de História de uma escola pública de Brasília, a possibilidade de um currículo flexível, montado a partir das prioridades do aluno é "fantástica". "O ensino médio hoje ficou inserido como etapa conclusiva do ensino fundamental. Ele se torna desinteressante porque a gente não consegue aproximar os conteúdos da realidade deles", avalia. Mas ela ressalta que é necessário investir na formação continuada dos professores para que o novo modelo dê certo.
Rebeca Oliveira Martins, aluna do 1° ano, acha que o novo modelo pode aumentar o interesse do aluno pela escola. "Desanima muito fazer as disciplinas que a gente não gosta", diz. João Guilherme Machado, aluno do 3° ano, aposta que o novo modelo vai permitir uma formação mais voltada ao mercado. "Ao concentrar-se nas disciplinas de interesse, a escola pode gerar até um profissional mais focado", aponta.
O projeto do MEC sugere ainda que programas de incentivo à leitura estejam previstos na nova organização pedagógica. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais dentro do currículo. O CNE vai realizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. O processo deve ser concluído até julho. Depois dessa etapa, o ministério começará as negociações com os estados, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais.
(Extraído do portal Terra - 02 de julho de 2009)
Meu Comentário: Não quero ser pessimista, mas será que esta inovação dará certo? Com o sistema atual de educação, já percebemos a falta de interesse do aluno, a falta de compromisso com os estudos, o desrespeito com os professores. Penso que esse novo Currículo gerará muito mais o desinteresse do que o atual! Agora é esperar pra ver! Tomara que eu esteja enganado! E você, o que acha?
1 Comentário:
Acho muito pertinente a sua dúvida, Prof. Israel. No passado, também criaram Novas Escolas e modismos disfarçados de novidades, sempre com a pretensão da inovação, e que posteriormente desandaram em falhas ainda maiores no ensino. Ao invés de inventarem novas fórmulas, criarem cotas baseadas na discriminação racial (copiando o que há de pior nos EUA: a divisão da sociedade em raças nitidamente discriminadas), o desgoverno deveria tratar de criar mais vagas e qualidade no ensino, investindo e tratando os professores com mais dignidade.
Racionamento e cotas comprovam apenas a escassez injusta, discricionária e imperdoável de nosso ensino.
Não faltam verbas para para caças importados, 3 aerolulas, metrô na Venezuela, dezenas de milhões de dólares para a reconstrução da faixa de Gaza para o Hamas, para o FMI, mas e para o nosso ensino?
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