Abri quando Humberto disse isso é para você aprender, e disse lá a alcunha do Rafael. Disse então ao Humberto que saísse de sala e procurasse o diretor e contasse o que aconteceu. Ele disse que não sairia. Insisti e ele nem se mexeu do lugar. Resolvi então sair com toda a turma e deixá-lo na sala.
Fui para a cantina, único lugar disponível no momento, onde custei a conseguir ambiente para dar aulas. O aluno Aristides, que me parece também ter algum problema, mas nunca fui informada sobre, não parava de mexer com o Rafael e dar risadas ao que era acompanhado por vários outros. Depois de lhe chamar a atenção várias vezes, disse que não ia fazer nada porque ali não era lugar de dar aulas.
Todos iniciando a tarefa me informam que não poderia continuar porque tinha um lanche da Escola Integrada às 8:30. Quando desci, encontrei o diretor no pátio e avisei sobre o Humberto. Como ele já não estava mais na sala, voltei com os alunos. Nove horas, o horário terminou.
E a aula nem começou!!! Imagine o que é isso para uma professora que preparou a aula para aquela turma. Tentou, fez o possível e impossível e nada conseguiu Confesso só não chorei porque tinha que dar outras aulas.
2. Na semana anterior estive de licença devido a uma cirurgia para extração do dente siso e implante ósseo e Fernanda, professora de Língua Portuguesa, foi me substituir. Segundo me contou Fernanda, que na segunda-feira quando lá cheguei me disse que não queria ficar ali naquela escola, foi desacatada pelo aluno Mateus o qual ela pôs para fora de sala, conduzindo-o até a sala do diretor.
Logo que ele voltou, tirou da mochila um revólver de plástico e mostrando para ela disse aqui a gente trata professor é assim, mas não é com esse de plástico não.
Mateus é um garoto negro, gordinho, está num nível bastante atrasado de alfabetização para sua idade, não tem limites, respeito, educação, higiene, compromisso.
Segundo foi relatado na primeira reunião em que participei na escola, traz grandes problemas desde o ano passado. Já renovei com ele o compromisso da educação, respeito e cumprimento das tarefas por várias vezes, fica muito bacana por uma semana, mas depois torna-se insuportável novamente.
Parece-me que sua mãe já foi chamada à escola várias vezes. Não tenho referências sobre a sua participação em programas sociais ou na Escola Integrada. Já pedi informações a respeito, me deram, mas já me esqueci e no momento não tenho em mãos meu caderno com anotações.
3. Poderia acrescentar ainda alguns episódios ocorridos no turno noturno, mas como esses são somente em uma determinada turma e com determinados alunos, deixo para outro momento. Por fim, me pergunto e o IDEB? E só posso responder: hehhehehheheheh Creio que teria registros para fazer outra tese de doutorado, mas no momento lhes entrego - Professores, Diretor e Vice, Coordenadores, Regional e SMED - estas dez páginas escritas a poder de muitas lágrimas.
Um abraço esperançoso.
Áurea
Em 24/03/2009
Obrigado a você, que acompanhou os dez capítulos desta carta de uma professora mineira que leciona Língua Portuguesa. Esta professora relata nesta carta, que dividi em dez capítulos, sua indignação a falta de respeito aos profissionais da educação, em especial aos professores!
Concordo com que relatou esta corajosa mulher nesta brilhante carta!
Espero que você tenha comprovado e que também tenha se indignado com este testemunho!
Deixa, aqui, seu comentário em forma, também, de protesto!
Obrigado!!!
Fui para a cantina, único lugar disponível no momento, onde custei a conseguir ambiente para dar aulas. O aluno Aristides, que me parece também ter algum problema, mas nunca fui informada sobre, não parava de mexer com o Rafael e dar risadas ao que era acompanhado por vários outros. Depois de lhe chamar a atenção várias vezes, disse que não ia fazer nada porque ali não era lugar de dar aulas.
Todos iniciando a tarefa me informam que não poderia continuar porque tinha um lanche da Escola Integrada às 8:30. Quando desci, encontrei o diretor no pátio e avisei sobre o Humberto. Como ele já não estava mais na sala, voltei com os alunos. Nove horas, o horário terminou.
E a aula nem começou!!! Imagine o que é isso para uma professora que preparou a aula para aquela turma. Tentou, fez o possível e impossível e nada conseguiu Confesso só não chorei porque tinha que dar outras aulas.
2. Na semana anterior estive de licença devido a uma cirurgia para extração do dente siso e implante ósseo e Fernanda, professora de Língua Portuguesa, foi me substituir. Segundo me contou Fernanda, que na segunda-feira quando lá cheguei me disse que não queria ficar ali naquela escola, foi desacatada pelo aluno Mateus o qual ela pôs para fora de sala, conduzindo-o até a sala do diretor.
Logo que ele voltou, tirou da mochila um revólver de plástico e mostrando para ela disse aqui a gente trata professor é assim, mas não é com esse de plástico não.
Mateus é um garoto negro, gordinho, está num nível bastante atrasado de alfabetização para sua idade, não tem limites, respeito, educação, higiene, compromisso.
Segundo foi relatado na primeira reunião em que participei na escola, traz grandes problemas desde o ano passado. Já renovei com ele o compromisso da educação, respeito e cumprimento das tarefas por várias vezes, fica muito bacana por uma semana, mas depois torna-se insuportável novamente.
Parece-me que sua mãe já foi chamada à escola várias vezes. Não tenho referências sobre a sua participação em programas sociais ou na Escola Integrada. Já pedi informações a respeito, me deram, mas já me esqueci e no momento não tenho em mãos meu caderno com anotações.
3. Poderia acrescentar ainda alguns episódios ocorridos no turno noturno, mas como esses são somente em uma determinada turma e com determinados alunos, deixo para outro momento. Por fim, me pergunto e o IDEB? E só posso responder: hehhehehheheheh Creio que teria registros para fazer outra tese de doutorado, mas no momento lhes entrego - Professores, Diretor e Vice, Coordenadores, Regional e SMED - estas dez páginas escritas a poder de muitas lágrimas.
Um abraço esperançoso.
Áurea
Em 24/03/2009
Obrigado a você, que acompanhou os dez capítulos desta carta de uma professora mineira que leciona Língua Portuguesa. Esta professora relata nesta carta, que dividi em dez capítulos, sua indignação a falta de respeito aos profissionais da educação, em especial aos professores!
Concordo com que relatou esta corajosa mulher nesta brilhante carta!
Espero que você tenha comprovado e que também tenha se indignado com este testemunho!
Deixa, aqui, seu comentário em forma, também, de protesto!
Obrigado!!!
3 Comentários:
Os professores são atualmente menosprezador, os alunos que ele servem como mestres, formadores de opinião e não apenas com alguém para suplantar a autoridade...
Fique com Deus, prof Israel.
Um abraço.
Eu fui aluno da Aurea e gotaria de entrar en contato com ela, se possivel.
Me passe o E-mail ou tel: bernardofcjp@hotmail.com
Agradeço desde já a colaboração!!!!!!!!!
Eu fui aluno da Áurea e gostaria de entrar em contato com ela, se possível.
Me passe o E-mail ou tel: bernardofcjp@hotmail.com
Agradeço desde já a colaboração!!!!!!!!!
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