Pelo Corredor da Escola

Apontar temáticas do cotidiano escolar é o objetivo primeiro deste blog, na intenção de ser "elo" entre as partes envolvidas (aluno/professor). A reflexão é o nome deste elo, que não só une, mas debate e critica os principais livros do Brasil e do mundo.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Somos Professores ou Guias Turísticos?

Questionamentos sobre a ênfase na descrição na escola básica existem há muito tempo. O ensino conteudista e mnemônico está presente na relação ensino-aprendizagem e isso pode tornar a escola um ambiente desinteressante para os alunos e, até mesmo, para os professores. Em meados do século XX, Jean Michel Brabant já escrevia sobre essa temática. A necessidade de aproximação da escola com o cotidiano e a urgência em favorecer a politização do aluno faziam parte de suas falas. Há professores que mais parecem guias turísticos dentro da sala de aula do que estimuladores da pesquisa e da investigação. Há aulas em que os alunos se sentem como turistas: "à esquerda, eles podem ver isso e, à direita, aquilo". Eles pouco se lembram do conteúdo lecionado. Se o aluno participar da escolha de sua viagem, possivelmente, a participação em sala de aula tenderia a ser fomentada. Se antes da apresentação de um conteúdo houver um estudo prévio e mais perguntas que respostas, com certeza, a apropriação do conteúdo será mais significativa. A ênfase na pesquisa, na investigação, na coleta de informações, na realização e interpretação de entrevistas e, principalmente, no trabalho de campo pode favorecer a ampliação de novos significados por parte dos alunos. Fomentar os alunos com mais perguntas do que respostas é o principal desafio da educação básica. Só assim será possível visualizar um país com uma população jovem mais politizada e qualificada.

(O Tempo, 23/02/2011 - Belo Horizonte MG - PEDRO FIGUEIRED -, Clipping 23.02.2011)

2 Comentários:

S.O.S. Educação Pública disse...

Concordo plenamente com a sugestão metodológica apresentada, entretanto essa pergunta deve ser feita para as autoridades, e não para os professores.
Uma aula conforme a descrita no artigo exige tempo, recursos e alunos que tenham domínio da leitura, escrita e interpretação de texto, mas a nossa realidade é bem diferente. No plano ideal isso é possível, mas no plano real é praticamente impossível pensar a educação é fácil, o difícil é concretizá-la com o que nos é oferecido pelo sistema.

Temos apenas 1hora e 10 minutos por semana para ministrar um conteúdo gigantesco, laboratórios de informática tipo amostra grátis (15 computadores sem Internet banda larga para turmas de 40 a 60 alunos) e para complicar a situação, grande não domina a leitura, a escrita e a interpretação de texto, sabem apenas desenhar as letras. Mesmo diante dessas condições, nos esforçamos para fazer uma aula criativa, mas devido ao condicionamento e as dificuldades dos alunos, ela acaba ficando só no planejamento.

Imploro às autoridades que adotem o modelo de escola em tempo integral, reformulem os conteúdos programáticos, invistam na alfabetização e aumentem a nossa carga horária.

bunker da cultura disse...

Menos modernismos e desculpas para o desisnteresse dos alunos e façamos eles estudarem pq precisam saber pra ser alguem na vida, quer estimulo melhor?
Fizeram leis que fazem da educação um passeio ou crechão para jovens e crianças que não tem onde ficar, leis pra emburrecer e criar massa de manobra para a esquerda aumentar seu dominio e perpetuação no poder.

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