Dia da Educação. Dia para ser celebrado e comemorado por milhares de profissionais de educação e estudantes. Contudo, a realidade não é bem essa. Vemos uma explosão de casos de violência nas escolas. O senso comum da sociedade, apesar do medo e de momentos de indignação, já está acostumado a ouvir falar da violência urbana que atinge as grandes cidades do Brasil. A cada dia novos casos de problemas relacionados à segurança pública explodem na mídia. Ouvimos falar desse tipo de problemas em todos os lugares, mas um em especial tem chamado a atenção nesses últimos dias: os casos de agressões e depredações nas escolas da cidade do Rio de Janeiro. Apesar de sempre já se ouvir e ter relatos de casos de violência dentro das escolas, os mesmos eram colocados em segundo plano e não tinham tanta repercussão na mídia. Contudo, em um curto período de tempo, nossas escolas, que deveriam estar ensinado português e matemática para milhares de alunos, convivem com esse grave problema. Na Escola Municipal General Humberto de Souza Mello, chamou a atenção o caso da agressão da diretora. Agora, outro caso de vandalismo afeta mais um escola da rede. A Escola Municipal José Veríssimo é apedrejada por alunos. Tais fatos têm transformado a realidade e a situação das escolas públicas. Antes locais sagrados de educação e bom convívio social, têm se transformado em um espaço de medo e geradora de conflitos para com o corpo docente e discente. Chama a atenção, no caso da Escola José Veríssimo, a situação a que chegou: de um lado, alunos acusando inspetores de agressão, e de outro, alunos apedrejando a escola. Impera hoje dentro das escolas o clima de guerra, aumentado pelas rivalidades entre facções criminosas rivais nas comunidades, cuja disputa chega dentro das escolas e transforma alunos em inimigos. Tais fatos não podem ser considerados problemas isolados e merecem muita atenção da sociedade e do poder público. É preciso dar respostas e condições concretas de se solucionar esse grave problema. Nas escolas é gritante a falta de funcionários, pois pouco existem inspetores, coordenadores etc. Fato esse que gera a sensação de liberalidade dentro das escolas. Se não houver medidas concretas para preenchimento dos quadros dessas funções e projetos reais de diminuição da violência dentro das escolas, estaremos perdendo uma batalha que afetará o futuro da atual geração e da nossa Nação. É preciso lembrar que a educação é responsabilidade do Estado e da sociedade e os mesmos devem caminhar juntos em prol de uma educação de qualidade. É preciso fazer o aluno entender que a escola é um patrimônio dele e ali é um espaço para seu desenvolvimento e importante para seu futuro. Aos profissionais de educação, é preciso valorização e respeito. O número de mestres e funcionários que tem abandonado as escolas por conta dos baixos salários, problemas de saúde e falta de dignidade é enorme.É preciso parar de demagogia para com a educação e transformar a mesma em prioridade estratégica para o crescimento do Brasil e para ser um caminho exemplar para nossa juventude. São precisos investimentos reais em pessoal, infraestrutura e qualidade. Precisamos rever o método pedagógico e tornar a escola atrativa com novos conceitos de ensino. Não podemos mais admitir situações como dessas duas escolas. Se não fizemos nada, desde agora, a pergunta que irá pairar sobre nossos pensamentos não será o que fazer, e sim o que não fizemos.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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