Dois anos depois de implantar o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), o governo brasileiro prevê criar um sistema similar para aumentar o número de programas de pós-graduação. A ideia é lançar editais para as universidades concorrerem a financiamentos para compra de equipamentos, reforma de laboratórios e concessão de bolsas de mestrado e doutorado. Os editais do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PAPG) devem ser lançados até o final de junho, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que encabeçou a campanha pela criação da iniciativa. O novo Reuni já foi oficialmente divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) em um seminário realizado em janeiro deste ano. “É uma ação exclusivamente voltada para a expansão da pós. As universidades federais deverão inscrever projetos para complementar os programas de especialização nos editais do governo”, afirma o presidente da Andifes, Alan Barbiero, que é reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT). “Isso representa um aumento no investimento do governo no ensino superior”, completa. As ações do Reuni contribuíram para aumentar em 35% o oferecimento de programas de pós-graduação em Universidades Federais entre 2006 e 2010, tanto no mestrado quanto no doutorado. O diagnóstico é do Relatório de Acompanhamento do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), produzido pela Andifes e lançado durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), que aconteceu entre 28 de março e 1º de abril, em Brasília (DF). O relatório apontou ainda que o Reuni não conseguiu reduzir as desigualdades regionais, mas que aumentou a verba repassada para as universidades de pequeno porte e ajudou a levar campi das federais para o interior. “A maioria das instituições continua no Sul e Sudeste. Mas o reuni auxiliou a interiorização das federais”, avalia Barbiero. “Em algumas regiões, os campi representam a presença do Estado e de uma agência de desenvolvimento”. O estudo aponta ainda que “o aumento na oferta de vagas chega a 63%, o que representa 77.279 novos alunos nas universidades federais”. Foram registrados também aumento dos cursos no período noturno e do oferecimento das licenciaturas. Essas medidas “mostram a preocupação das universidades federais em acolher uma maior parcela da população, propiciando as condições para sua permanência por meio das ações de assistência estudantil”, segundo o relatório.
(Clipping 19.04.2010 Portal Aprendiz, 16/04/2010 - Sarah Fernandes)
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