Folha de São Paulo, 22/04/2010 - São Paulo SP - Titular da pasta de Educação diz que enfrentou problemas na construção de escolas. Schneider diz que é possível cumprir promessa de zerar deficit, só que levando em conta a demanda menor de 2008, época da campanha DA REPORTAGEM LOCAL O secretário da Educação, Alexandre Schneider, diz que sua prioridade é oferecer ensino de qualidade às crianças. O problema, afirma, foi o atraso na construção de escolas. (FT)
FOLHA - Por que caiu a matrícula? ALEXANDRE SCHNEIDER - Em 67 Emeis [pré-escolas], reduzimos de três para dois turnos, o que aumentou a jornada dos alunos de quatro para seis horas. Todos reclamavam que quatro horas eram insuficientes, do ponto de vista pedagógico e familiar, pois a mãe precisa trabalhar. Em 440, diminuímos os alunos por turmas. A média era 37, 40. Agora, 30. Aumentamos a rede, construímos 63 Emeis desde 2005, mas, pela reorganização, diminuíram as matrículas. A gente poderia continuar fazendo rodízio de classe, entupir as salas, manter os três turnos. Mas aí estaríamos fingindo que há uma escola, fazendo dela um depósito de crianças. Colocar criança na escola a qualquer custo foi o que gerou escola de lata, três turnos, rodízio de sala. O provisório que durou muito. FOLHA - Quem está na escola pode estar melhor, mas outras estão fora. SCHNEIDER - Há menos crianças fora da escola hoje do que em 2008. E estamos com oito escolas em construção. Também devemos lançar em breve um plano com mais 134 escolas. FOLHA - As obras não deveriam ter sido entregues antes? SCHNEIDER - A organização das escolas precisa ser feita em setembro. O ideal era que o plano de obras avançasse na velocidade da reorganização. Esperava que caminhasse mais rapidamente, mas tivemos problemas. E a demanda superou as expectativas, 30% das crianças na fila se inscreveram neste ano. A expansão causa aumento da demanda, o pai começa a ver como possível a matrícula. FOLHA - Ainda é possível cumprir a promessa de zerar o deficit? SCHNEIDER - No caso da pré-escola, certamente, e com seis horas para todo mundo, considerando a demanda de dezembro de 2008 [menor que a atual; a restrição não foi citada na campanha]. Nas creches será mais difícil, mas é possível.
FOLHA - Por que caiu a matrícula? ALEXANDRE SCHNEIDER - Em 67 Emeis [pré-escolas], reduzimos de três para dois turnos, o que aumentou a jornada dos alunos de quatro para seis horas. Todos reclamavam que quatro horas eram insuficientes, do ponto de vista pedagógico e familiar, pois a mãe precisa trabalhar. Em 440, diminuímos os alunos por turmas. A média era 37, 40. Agora, 30. Aumentamos a rede, construímos 63 Emeis desde 2005, mas, pela reorganização, diminuíram as matrículas. A gente poderia continuar fazendo rodízio de classe, entupir as salas, manter os três turnos. Mas aí estaríamos fingindo que há uma escola, fazendo dela um depósito de crianças. Colocar criança na escola a qualquer custo foi o que gerou escola de lata, três turnos, rodízio de sala. O provisório que durou muito. FOLHA - Quem está na escola pode estar melhor, mas outras estão fora. SCHNEIDER - Há menos crianças fora da escola hoje do que em 2008. E estamos com oito escolas em construção. Também devemos lançar em breve um plano com mais 134 escolas. FOLHA - As obras não deveriam ter sido entregues antes? SCHNEIDER - A organização das escolas precisa ser feita em setembro. O ideal era que o plano de obras avançasse na velocidade da reorganização. Esperava que caminhasse mais rapidamente, mas tivemos problemas. E a demanda superou as expectativas, 30% das crianças na fila se inscreveram neste ano. A expansão causa aumento da demanda, o pai começa a ver como possível a matrícula. FOLHA - Ainda é possível cumprir a promessa de zerar o deficit? SCHNEIDER - No caso da pré-escola, certamente, e com seis horas para todo mundo, considerando a demanda de dezembro de 2008 [menor que a atual; a restrição não foi citada na campanha]. Nas creches será mais difícil, mas é possível.
(Clipping 22.04.2010 )
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